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 | 05/05/2008 04h34min

CPI do Detran: três depoimentos estão previstos para esta segunda-feira

Dois indiciados devem quebrar silêncio

Adriana Irion  |  adriana.irion@zerohora.com.br

O ex-reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Paulo Sarkis e o ex-diretor técnico do Detran Herminio Gomes Junior pretendem responder aos questionamentos dos parlamentares durante a sessão de hoje da CPI do Detran.

Já Pedro Luiz Saraiva Azevedo, dono de uma empresa subcontratada no esquema, fará uso da prerrogativa de se manter em silêncio. Os três foram indiciados pela Polícia Federal (PF) na investigação da fraude milionária da autarquia.

A sessão deve ser marcada por mais uma tentativa da oposição de aprovar a convocação do secretário-geral de Governo, Delson Martini. Também será pedido o comparecimento do ex-secretário de Planejamento e Gestão Ariosto Culau. Ele se demitiu no dia 27, 72 horas depois de ser flagrado bebendo chope em um shopping com o empresário e suposto lobista Lair Ferst, um dos 39 indiciados pela Operação Rodin.

A expectativa de membros da CPI é de que os depoimentos de hoje resultem em novas informações ao trabalho de apuração. Conforme seu advogado, Fabio Fayet, Sarkis quer aproveitar a oportunidade para esclarecer fatos e colaborar ao máximo com o trabalho da comissão. Eventualmente, poderá fazer uso do direito de ficar em silêncio, mas o defensor acredita que não será necessário. Sarkis alega ser inocente das suspeitas.

Além de falar sobre preços, contratos e licitação, Herminio vai apresentar documentos aos deputados. Ele também pretende informar aos parlamentares a existência de outros documentos, que reúnem informações importantes e podem interessar à apuração da CPI.

— A nossa postura será a de esclarecer tudo. Também vamos informar Imposto de Renda e sigilo bancário — confirmou o advogado de Herminio, Fabio D'Avila.

Azevedo deve se manter em silêncio durante o interrogatório. Ao falar à PF, ele, que era funcionário do Detran, confirmou ter aberto uma empresa, a PLS Azevedo, para prestar serviços a uma das subcontratadas no contrato Detran-Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia. Também informou que passou a ganhar com essa atividade cerca de R$ 50 mil por mês.

— Nossa expectativa é de que ele não seja denunciado. Por isso, ficará em silêncio — explicou o advogado Rodrigo Oliveira.

 
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