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 | 29/04/2008 14h32min

Conab antecipa safra recorde de cana-de-açúcar

Presidente da companhia afirma que quantidade deve ultrapassar 600 milhões de toneladas

Renata Maron, Ribeirão Preto  |  reportagem@canalrural.com.br

Em entrevista exclusiva ao Canal Rural, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi, antecipou que a safra de cana-de-açúcar 2008/2009 será recorde.

A colheita total é a maior da história e está estimada entre 607,8 e 631,5 milhões de toneladas, ou 8,8% a 13,1% a mais do que a safra anterior, que foi de 558,5 milhões toneladas. Além da quantidade da matéria-prima que será transformada pela indústria, serão destinadas 49,6 a 51,7 milhões de toneladas do produto para outros fins como sementes e mudas, cachaça, rapadura e alimentação animal.

Os principais motivos desse crescimento são o clima favorável, os investimentos no melhoramento tecnológico das unidades de processamento e o plantio de variedades mais produtivas. Os dados fazem parte do primeiro levantamento da cultura anunciado nesta terça-feira, dia 29, pelo presidente da Conab e pelo secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Manoel Bertone.

O crescimento desta safra também se deve ao cultivo de novas áreas, que saiu de 7 milhões para 7,8 milhões de hectares, resultado, na sua maioria, da instalação de novas usinas, sobretudo em áreas de pastagens.

– O Brasil tem hoje 276 milhões de hectares de terras cultiváveis. Dessas, 72% são ocupadas por pastagens naturais/cultivadas, 16,9% por grãos e apenas 2,8% por cana-de-açúcar. Esse quadro mostra que esta cultura mantém um comportamento normal, com potencial para ser ampliada em áreas de pastagens – diz o presidente da estatal.

Rossi rebateu as acusações de que a ampliação da produção de cana-de-açúcar, estimulada principalmente pela demanda internacional por energia produzida a partir do etanol, estaria provocando a elevação do preço dos alimentos.

 A área cultivada com cana tem crescido de forma lenta, com ampliação em áreas de pastagens e seguindo uma lógica normal da agricultura, que é a rotação de culturas conforme a demanda do mercado. Não está se deixando de plantar soja, feijão, milho, para plantar cana.

O presidente da Conab também repudiou a informação de que a expansão da cana estaria agravando o desmatamento da Amazônia.

 O Brasil não planta cana na Amazônia. As áreas estão se ampliando modestamente, mas a produtividade é que está se ampliando bastante  explicou.

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