| 26/04/2008 14h28min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou neste sábado que as afirmações feitas ontem em Paulínia, sobre a defasagem do preço dos combustíveis, sejam uma sinalização de que os preços poderão ser reajustados.
O presidente afirmou que apenas registrou uma constatação do que a imprensa diz todos os dias, de que os combustíveis não são reajustados desde 2005, apesar do aumento do petróleo. O presidente reiterou também que ainda não teve qualquer conversa com a Petrobras nem com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre esta questão.
Lula afirmou que se houver qualquer decisão neste sentido, a Petrobras terá que sentar com o governo para discutir o assunto. Em Paulínia, o presidente havia dito ontem não saber se o preço da gasolina vai aumentar no país:
— Por enquanto não recebi nenhuma informação, de qualquer forma, essa discussão terá que passar pelo governo.
Ele lembrou que o último aumento da gasolina anunciado pela
Petrobras ocorreu em 2005 e observou que, nesse período,
o preço do barril de petróleo saiu de US$ 30 para valores próximos de US$ 120.
— Portanto, temos uma defasagem. Ao mesmo tempo, para que possamos tomar medidas de aumento de qualquer coisa na área de combustíveis, precisamos ver qual a implicação vai ter na inflação — disse Lula, que hoje abriu a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso em São Bernardo do Campo, em São Paulo.
Em meio a especulações em torno de um possível aumento nos preços da gasolina e do diesel, o presidente se reuniu, na noite de quinta-feira, com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
Segundo a Secretaria de Imprensa da Presidência os dois não trataram do assunto, alegando que o tema exigiria a presença de especialistas. Gabrielli teria relatado a Lula sobre sua viagem ao Japão, no início do mês.
Lula e o governador José Serra tomaram a vacina contra a gripe neste sábado
Foto:
Ricardo Stuckert, Ag. Brasil
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