Procuradores da República e policiais federais que atuam na força-tarefa da Operação Rodin cumpriram mandados de busca e apreensão no início da tarde desta quinta-feira no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e na Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), em busca de lista de presenças. O Ministério Público Federal (MPF) solicitou os documentos que mostram a entrada e saída de pessoas nas autarquias para reuniões em gabinetes suspeitos.

De acordo com o o MPF, a medida foi tomada para complementar as informações existentes de encontros entre os indiciados e diretores dos órgãos. O procurador Enrico Rodrigues de Freitas afirma que dois entraves que atrasam a conclusão da reunião de provas — a demora de repasse de informações bancárias por parte de algumas instituições, e do conteúdo armazenado nas mídias de informática dos locais investigados. Freitas classificou os envolvidos no esquema de desvio de mais de R$ 40 milhões do Detran como uma quadrilha bem articulada: 

— Temos notícia ainda de que essa quadrilha atuava também em outros órgãos, como a Anatel, e no Projovem.

Ainda não há previsão de quando essas denuncias serão encaminhadas. Os procuradores adiantaram que o número de denunciados será de pelo menos 37 pessoas, podendo haver o acréscimo de mais 30.