A indústria brasileira da pesca denuncia a entrada de produtos importados sem certificação e abaixo dos padrões de qualidade no país. Análises feitas pelo Conselho Nacional de Aqüicultura e Pesca revelaram a injeção de proteína e água.

Outro tipo de adulteração, detectada com a realização de procedimentos de rastreabilidade, é o file de polaca que entra no Brasil como filé de pescada. Na maioria das vezes o produto é importado da China e chega com valor até 60% mais baixo.

– É mais barato, mas não vale o quanto pesa – disse o presidente do Conselho Nacional de Aqüicultura e Pesca, Fernando Ferreira, em entrevista ao programa Agribusiness Online, nesta quarta-feira, dia 16.

Representantes do setor de pesca já apresentaram a denúncia ao Ministério da Agricultura e cobram mais rigidez na fiscalização. A reivindicação é dar ao produto estrangeiro o mesmo tratamento que é dado ao produto nacional.

– Vai ser uma briga grande, mas vamos continuar a defender o mercado brasileiro – disse Ferreira, segundo quem a preocupação do setor também é com a saúde pública.

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Segundo Fernando Ferreira, os problemas relacionados aos peixes importados colocam em risco a imagem do mercado brasileiro. Na avaliação dele, o consumo vem aumentando, apesar de ainda estar abaixo do recomendado.

– O mercado brasileiro mudou muito. A qualidade aumentou, houve mais divulgação.

Ainda de acordo com o presidente do Conselho Nacional de Aqüicultura e Pesca, há mais investimento em rastreabilidade em toda a cadeia produtiva e em melhoramento genético. O consumo aumenta a cada ano, informou Fernando Ferreira, apesar de estar abaixo do recomendado. Atualmente, segundo ele, está em 7,5 Kg a 8 Kg per capita, quando o mínimo ideal seria de 12 Kg.

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