| 16/04/2008 10h46min
O Comitê de Política Monetária (Copom) decide nesta quarta-feira a nova taxa básica de juros do país. O mercado está mais inclinado a apostar em um cenário brando, de elevação da taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, para 11,50% ao ano.
Segundo operadores, depois de a curva mostrar divisão clara entre essa hipótese e a da alta de 0,5 ponto porcentual, hoje os contratos futuros de depósito interfinanceiro (DI) de curtíssimo prazo negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) embutem uma probabilidade maior de a elevação ser a mais modesta.
Esse movimento está em linha com as projeções formais dos economistas, que ficaram concentrados na idéia de ajuste da Selic dos atuais 11,25% para 11,50%. A curva ainda mostra chance de a opção do Copom ser pelo 0,5 ponto, mas de cerca de 30%.
Em reação a essa aposta, os contratos mais longos de juro ampliaram a alta. Para profissionais, a expectativa de que o Copom elevará a Selic em 0,25 ponto
torna ainda mais incerto o tamanho
do ciclo de aperto monetário. Ou seja, se o BC vai começar a subir a Selic em 0,25 ponto, o mercado teme que a alta de juros possa estender-se por mais tempo, o que aumenta o prêmio nos contratos de prazo mais longo.
— Se o BC subir o juro em 0,25 ponto e vier com um comunicado conservador, o mercado vai querer se proteger e passará a apostar em um ciclo mais longo de alta — explica um operador.
É por causa dessa reação que uma parte do mercado segue defendendo a elevação da Selic em 0,5 ponto hoje.
— O problema desse cenário é o efeito que a inclinação da curva terá sobre o custo da dívida pública, inclusive sobre o apetite do mercado pelos papéis prefixados que o Tesouro Nacional oferece semanalmente — afirma um operador.
Profissionais dizem, no entanto, que o mercado acabou convergindo à aposta de alta de 0,25 ponto da Selic porque está convencido que o movimento do Copom hoje deve ser apenas preventivo.
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