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 | 16/04/2008 02h46min

Petrobras vai reavaliar se aumenta investimento na produção de petróleo no Equador

Dirigente afirmou que a empresa só permanecerá no país se houver rentabilidade

A Petrobras planeja investir de US$ 500 milhões a US$ 600 milhões no Equador, nos próximos quatro anos, para dobrar a produção de petróleo e gás naquele país. Mas a pretensão pode não se confirmar se as condições de rentabilidade da empresa não melhorarem.

A possibilidade foi admitida nesta terça-feira pelo diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada. Segundo ele, a estatal mantém negociações com o governo equatoriano, porque o percentual sobre a produção cobrado a título de royalties inviabiliza a continuidade dos investimentos.

— Inicialmente, eles estipularam os royalties em 99% da produção. Nós recorremos e, após negociações, o valor caiu para 90%, mas ainda assim está bem acima dos 50% que eram cobrados pelos governos anteriores — alegou.

Zelada informou que as revisões promovidas pelo governo do presidente Rafael Corrêa nos contratos existentes não atingem apenas a Petrobras, mas todas as companhias que atuam no país.

— A Petrobras só permanece no Equador se a atividade for rentável. A Petrobras vai sempre em busca de rentabilidade. E o Equador foi um dos países que mudaram os contratos. Nós estamos avaliando como atuar e ainda não tomamos uma decisão sobre a continuidade dos investimentos no país — afirmou.

Recentemente, o gerente geral da Petrobras no Equador, Luiz Augusto Fonseca, admitiu que os planos da estatal brasileira eram de elevar a produção de petróleo naquele país dos atuais 32 mil barris para até 80 mil barris de petróleo por dia, num período de dois anos.

Segundo Fonseca, a petrolífera investiu, até o final do ano passado, US$ 400 milhões. Em 2008, o valor pode chegar a US$ 600 milhões. São investimentos necessários para completar o desenvolvimento do Bloco 18, cuja produção saltará dos atuais 30 mil para 40 mil barris por dia e do campo unificado de Palo Azul. Mas também, e principalmente, para desenvolver a produção no Bloco 31, localizado dentro do Parque Nacional Iasuni.

Esse último bloco vem gerando polêmica entre organizações não-governamentais equatorianas, porque a área onde está o bloco é de preservação ambiental e abriga várias comunidades indígenas. A Petrobras esclarece, porém, que apenas uma das 32 comunidades indígenas da região está situada no bloco 31.

Pelo menos quatro acumulações importantes de petróleo foram encontradas na região. São todos campos já descobertos com reservas de petróleo, dois ao norte e outros dois ao sul. Em 2003, a Petrobras apresentou um plano de desenvolvimento de um dos campos, o de Apaycanenc, localizado mais ao norte e com reservas estimadas de 75 milhões de barris de petróleo.

EFE
 
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