O nível dos reservatórios do Sul caiu quase pela metade desde o início do ano com a seca que atinge a região. Atualmente, estão com 39,7% da capacidade total ocupada, ante quase 70% verificados no início de janeiro, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Mesmo assim, o nível atual está 21,7 pontos percentuais acima da Curva de Aversão ao Risco, que determina nesta época do ano o mínimo de 18% de enchimento para os reservatórios da região.

Quando o nível dos reservatórios fica abaixo da curva de aversão, o ONS tem a prerrogativa de ligar mais usinas termelétricas - tipo de energia mais cara e poluente que a gerada por hidrelétricas - para manter mais água nos reservatórios. Ou então, pode-se optar pelo aumento da transferência de energia produzida em outras regiões do país.

Essa redução do nível dos reservatórios no Sul vem fazendo com que o governo avalie com mais atenção o envio de energia para a Argentina, a partir de maio. Nessa sexta-feira, dia 12, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, declarou que a situação do Sul será avaliada por mais algum tempo, até que a cooperação com a Argentina saia do papel.

Atualmente, segundo Tolmasquim, a Região Sul vem recebendo de 4 mil megawatts (MW) a 4,5 mil MW diários do sistema Sudeste/Centro-Oeste. O presidente da EPE lembrou que, em 2006, o envio de energia para a região chegou a 6 mil MW. Nas demais regiões, a situação é tranqüila.

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