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 | 11/04/2008 17h

Brasil produz chip para rastrear rebanho bovino

Primeiro do país, mecanismo apoiará sistema do governo

Gustavo Bonato  |  reportagem@canalrural.com.br

Começa na semana que vem a elaboração do primeiro protótipo do chip brasileiro para rastreamento bovino. A venda do brinco eletrônico deve começar em 2009. O equipamento deve diminuir o número de erros no Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.


 
O preço do dispositivo deve ficar abaixo de US$ 2. Cada brinco deve custar menos da metade do valor dos importados.
 
– Nós temos o compromisso perante o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] de apresentar ao mercado um produto com custo inferior ao que temos hoje, e com isso poder implementar a leitura eletrônica, que é mais eficiente, de uma maneira geral no país – explica Sérgio Dias, diretor do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada.
 
O chip vai armazenar os quinze dígitos que identificam cada animal. Os responsáveis pelo manejo do gado vão usar equipamentos que emitem ondas eletromagnéticas e lêem os números do brinco automaticamente. Depois, os dados serão registrados e cruzados com o banco de dados do Sisbov.
 
Na fábrica onde o chip do boi será produzido, no Rio Grande do Sul, o mecanismo está quase pronto. Em outubro termina a montagem dos equipamentos. A linha de produção começa a funcionar em junho de 2009 e será a única do gênero em toda a América Latina.

O projeto para a fabricação do equipamento custou mais R$ 20 milhões, com recursos do governo federal. A expectativa é produzir um milhão de chips por mês.
 
Atualmente, o Sisbov tem 21 milhões de cabeças de gado cadastradas. Isso equivale a 10% do rebanho nacional.
 
O Ministério da Agricultura acredita que o sistema eletrônico vai melhorar as condições de exportação para destinos como a União Européia.
 
– Diminui o erro e por si só é um estímulo, porque no frigorífico um animal errado já desclassifica todo o lote – justifica Roberto Schroeder, responsável pelo Sisbov no Rio Grande do Sul.

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