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 | 10/04/2008 19h49min

Oferta de alimentos preocupa órgão das Nações Unidas para Agricultura

Países com grande produção devem adotar política de controle, diz representante brasileiro

Gustavo Ferreira  |  reportagem@canalrural.com.br

O órgão das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) calcula que a oferta de alimentos no mundo pode se agravar se não forem adotadas medidas para controlar a produção e o comércio de produtos alimentícios. O representante regional da FAO para América Latina e Caribe, José Graziano, disse nesta quinta-feira, dia 10, que os países com grande produção de grãos vão ter que adotar políticas para garantir a segurança alimentar.

Para o representante da FAO, mesmo com a alta dos preços internacionais dos grãos no mercado internacional, impulsionada pela Ásia e Estados Unidos, ainda existem falhas no consumo e na produção de alimentos.
 
– A história da América Latina mostra que a abundância de alimentos não resolve o problema da fome, muito pelo contrario. Se há uma coisa que estamos aprendendo no mundo é a importância da segurança alimentar nos países, principalmente nos momentos de crise – disse Graziano. 
 
Além da oferta de alimentos no mundo, outra preocupação da FAO é com os biocombustíveis. Por isso, o órgão da ONU para Alimentação e Agricultura pretende discutir o assunto entre os dias 14 e 18 deste mês, em Brasília, com representantes de mais de 30 países da América Latina e do Caribe.
 
Os especialistas que vão participar da 30ª Conferência Regional da FAO avaliam que essa reunião no Brasil vai reforçar a decisão do governo federal de investir na produção de energia limpa a partir da cana-de-açúcar e de outras plantas.
 
– É importante não só para o Brasil desenvolver essas políticas, mas como já afirmou o presidente Lula, não achamos que a produção de biocombustíveis vai comprometer a produção de alimentos – reiterou o representante da FAO.  
 
A identificação de origem dos alimentos, como certificação e rotulagem, também será tema do encontro de ministros latino-americanos. De acordo com Graziano, é preciso tratar da rastreabilidade sem que ela seja usada por outros países como barreiras comerciais defensáveis. 

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