Com a proibição da venda de mexilhões na Baía Norte, em Florianópolis, a Vigilância em Saúde da Capital voltará às ruas, nesta quinta-feira, para uma nova rodada de vistorias em restaurantes, peixarias, supermercados e produtores. De acordo com o diretor do órgão, Anselmo Granzotto, o trabalho será iniciado assim que for emitida a portaria oficializando a suspensão.

A análise de contaminação das ostras da Baía Norte ainda não foi concluída. A multa para estabelecimentos que venderem moluscos contaminados vai de R$ 125 a R$ 2,5 mil, dependendo da quantidade e de outros aspectos analisados.

Cumprindo a verificação determinada pelas proibições dos dias anteriores, a Vigilância encerrou, nesta quarta, uma rodada de vistorias em 560 estabelecimentos. No total, cerca de 400 quilos de mariscos e 50 quilos de ostras foram inutilizados, por não se saber sua procedência.

Prejuizos

No terceiro dia de proibição das vendas de ostras, comerciantes e produtores acumularam mais prejuízos. No Ribeiro da Ilha, a Fazenda Atlântico Sul, que vende mais de 90% de sua produção para fora do Estado, estima que deixará de comercializar três mil dúzias de ostras, caso a suspensão dure até o final da semana.

Em reunião na terça-feira, o Comitê de Monitoramento da Aqüicultura analisou a proposta de representantes dos maricultores para criação de uma forma de compensação às perdas ocorridas nos períodos de maré vermelha.

O sistema funcionaria de forma semelhante ao disponível aos pescadores nas épocas de pesca proibida. Para implementar a medida, o comitê aguarda posicionamento da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, órgão do Governo Federal.