Em mais um dia de depoimentos, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos ouve nesta quarta-feira o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda. Os parlamentares querem discutir os critérios para a definição de sigilo das contas da Presidência da República.

Ontem, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Felix, também tratou do assunto na comissão e disse que são subjetivos os critérios de sigilo. Segundo ele, as informações são definidas caso a caso.

Depois de ouvir Paulo Lacerda, os deputados e senadores tomarão o depoimento da ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. Ela é suspeita de uso indevido do cartão corporativo. No ano passado, Matilde gastou R$ 171 mil no cartão em viagens de trabalho, com diárias, aluguel de carros, hospedagem e compra em loja livre de taxas de importação em aeroporto.

O maior gasto durante as viagens foi para pagar aluguel de carros: 94 dessas operações somaram R$ 118.683,17, para deslocamentos dentro de cidades, regiões metropolitanas e comunidades quilombolas.