As bolsas de valores européias fecharam em queda nesta terça-feira e reverteram os ganhos de ontem. Temores relativos aos lucros corporativos nos Estados Unidos pressionaram papéis do setor de tecnologia. Vale lembrar que na segunda-feira o índice Nasdaq encerrou em baixa em Wall Street, enquanto o Dow Jones e o S&P 500 ficaram estáveis. Dados ruins sobre o setor imobiliário americano e no Reino Unido também contribuíram para o recuo das bolsas da Europa.

Em Londres, o índice FT-100 fechou em queda de 0,41%, em 5.990,2 pontos. Os papéis do setor de construção lideraram as quedas devido ao anúncio de que, em março, os preços dos imóveis caíram 2,5% no Reino Unido. As ações da construtora Persimmon declinaram 2,7% e as da Taylor Wimpey cederam 4,2%. O índice parisiense CAC-40 encerrou em baixa de 0,65%, em 4.912,69 pontos. Além de notícias ruins nos setores imobiliário e de tecnologia, houve também realização de lucro. Os papéis da STMicroelectronics caíram 1,8% e as da Alcatel-Lucent cederam 2,9%.

Em Frankfurt, o DAX-30 recuou 0,72%, para 6.771,98 pontos. As ações da empresa de tecnologia Infineon fecharam em queda de 6,69% — o Credit Suisse rebaixou a recomendação para as ações da companhia de "acima da média do mercado" para "neutra". Na contramão de seus pares, a Bolsa de Milão fechou em alta: o índice S&PMib avançou 0,17%, para 34.165 pontos. Os papéis da Parmalat subiram 1% devido às expectativas de que o mandato do executivo-chefe, Enrico Bondi, será renovado.

A blue chip Telefónica declinou 2,2% e ajudou o Ibex-30, índice da Bolsa de Madri, a ceder 1,15%, a 13.759,4 pontos. Analistas chamaram a atenção para a fraqueza no setor de telefonia móvel nos EUA. Em Lisboa, o PSI-20 fechou estável: +0,01%, em 10.986,32 pontos. As ações da Sonaecom, cuja recomendação foi ampliada pelo Santander, subiram 6,3%. Os papéis da EDP avançaram 1,8% e os da Portugal Telecom caíram 1,7%.