| 08/04/2008 07h45min
A fusão entre a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve ser concluída juridicamente até 30 de junho e, depois disso, elas devem operar numa mesma plataforma, hoje divididas em GTS e Megabolsa. A expectativa é do presidente da BM&F, Manoel Felix Cintra Neto, que concedeu entrevista em Miami.
— Ainda é cedo para definir essa questão, mas não tenho dúvida nenhuma de que, no futuro, os produtos da BM&F e da Bovespa estarão na mesma plataforma — afirmou Cintra Neto, que está nos Estados Unidos para participar da 49ª Reunião Anual de Assembléia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e esteve presente, na segunda-feira, em almoço da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com representantes de grupos brasileiros e estrangeiros.
Na avaliação do executivo, o pregão viva-voz continuará a existir na chamada Nova Bolsa, mas admite que a palavra final será dada pelo resultado apresentado pela
nova companhia:
—
O grande volume ainda em negociações de pregão indica que ainda vamos manter o sistema. Enquanto for lucrativo, enquanto o número de transações compensar o pagamento do sistema, ele será mantido. Mas não vamos trabalhar no prejuízo.
Sobre a reunião do BID, o presidente da BM&F disse ter constatado uma avaliação praticamente consensual de que a crise atual (de crédito internacional) é muito diferente de todas as outras, mas acredita que a América Latina está em situação melhor.
— Estou muito otimista com a América Latina, pois sinto todos os bancos interessados em elevar o risco com o Brasil, aumentando o número de linhas para os bancos brasileiros — afirmou.
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