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 | 05/04/2008 17h39min

Vigilância suspende consumo de mexilhões produzidos no Sul da Ilha, em Florianópolis

Contaminação foi detectada na Baía Sul, incluindo São José e Palhoça

Carlito Costa  |  carlto.costa@diario.com.br

A Vigilância em Saúde de Florianópolis suspendeu desde a tarde desta sexta-feira a produção e consumo de mexilhões (tipo de marisco) na baía Sul da Capital, incluindo os litorais dos municípios próximos de São José e Palhoça. Os mexilhões estão contaminados por toxinas produzidas por algas marinhas, devido ao fenômeno conhecido como maré vermelha.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde da Capital, pelo menos 12 pessoas tiveram intoxicação alimentar relacionada ao consumo de mexilhões. Os principais sintomas são diarréia, vômito e dor de barriga.

A maré vermelha é provocada pela floração em níveis muito altos de um tipo de alga comum no litoral catarinense. Como os moluscos se alimentam filtrando a água do mar, os sitema digestivo dos mexilhões acaba retendo essas algas, acumulando toxinas nocivas ao consumo humano.

Até a tarde deste sábado, 500 estabelecimentos na Capital foram visitados pelos técnicos da Vigilância em Saúde de Florianópolis. Em 250 deles foram encontrados mexilhões possivelmente contaminados. Nesses casos, o produto é inutilizado com azul de metileno e o dono do estabelecimento notificado.

De acordo com o diretor da Secretaria Municipal de Saúde, Valdir Ferreira, o problema afeta apenas os mexilhões produzidos na Baía Sul. A contaminação não atinge a produção de ostras, nem de outros tipos de mariscos. Na Baía Norte, que banha o Norte da Ilha (Capital), Biguaçu e Governador Celso Ramos, também não foi detectada a maré vermelha.

Segundo Ferreira, basta que o consumo e a colheira do mexilhão (cultivado ou de costões) seja suspenso por alguns dias para resolver o problema.

— O próprio molusco elimina a toxina dentro de algum tempo, podendo então ser colhido — explicou Ferreira.

A suspensão do consumo de mexilhões em razão da maré vermelha foi adotada em janeiro (20 dias) e setembro (15 dias) de 2007. Ferreira acredita que agora a restrição se dará por um período mais curto, devido a temperatura mais baixa do mar, que não favorece a proliferação das algas.

 
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