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 | 03/04/2008 17h16min

Apesar de retirada a convocação, oposição diz que questionará Dilma sobre dossiê

Ministra deverá falar apenas sobre as obras do PAC na Comissão de Infra-Estrutura

Oposicionistas estão anunciando que questionarão a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sobre o caso do dossiê quando ela comparecer à Comissão de Infra-Estrutura do Senado para falar sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O aditamento convocando a ministra para falar sobre a montagem de um suposto dossiê com despesas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso com cartões corporativos foi retirado após protestos do governo.

— Vou perguntar sobre os cartões e ninguém me proibirá de perguntar o que eu quiser — afirmou o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM).

— O uso de cartões corporativos não pode ser um tabu, precisamos desmistificar isso. A ministra não pode se negar a responder às indagações — disse o líder do DEM, senador José Agripino (RN).

Na sessão de hoje da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura, foram aprovados um requerimento do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) convocando a ministra para falar sobre o PAC e um aditamento do presidente da comissão, Marconi Perillo (PSDB-GO), acrescentando que ela compareceria para responder também a perguntas sobre o suposto dossiê. Mas, pouco depois, Perillo recuou.

Agora, apesar da retirada do aditamento, a oposição antecipa que comparecerá em peso para questionar a ministra a montagem do suposto dossiê. Até agora, Dilma admitiu apenas que a Casa Civil montou um banco de dados com informações sobre os cartões para o caso de serem reivindicadas pela CPI ou pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Confronto

Desde a criação da CPI dos cartões, o PT — com a colaboração de outros partidos aliados — impede a aprovação de requerimentos de convocação de Dilma. Os petistas não escondem que seu objetivo é o de preservar a imagem da ministra e reconhecem que ela não tem experiência política para enfrentar uma CPI. Agora, a oposição pretende compensar as sucessivas derrotas na CPI, que incluem a rejeição de requerimentos de convocação de funcionários da Presidência da República que possuem cartões corporativos.

Mais uma vez, o confronto entre governo e oposição dominou a sessão de hoje da CPI dos Cartões.

— Hoje, foi o dia da vergonha — resumiu Agripino, ao deixar a reunião.

Após os depoimentos marcados para a próxima semana, a presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), deve dar um prazo para o relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), elaborar seu parecer.

— Será o relatório da farsa — definiu Agripino, acrescentando que a "tropa de choque" do governo foi orientada a sepultar a CPI e já teria cumprido seu papel.

Agência Estado
 
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