Alternativas ecologicamente corretas aos produtos sintéticos (tóxicos) nas atividades agrícolas e industriais serão criadas, a partir deste mês, pelo Laboratório de Química de Produtos Naturais, da unidade Agroindústria Tropica, Fortaleza/CE, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A idéia é desenvolver produtos bioativos para o controle de pragas e doenças do meloeiro, atualmente com o uso de agrotóxicos.

A nova infra-estrutura de pesquisa científica é resultado de uma parceria da Embrapa com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e as pesquisas serão realizadasas pela Universidades Federal do Ceará (UFC) e do Semi-Árido (Ufersa), envolvendo também outras empresas privadas.

Segundo o pesquisador e coordenador do laboratório, Flávio Pimentel, será permitida a execução de ações realizadas, até agora, por outras instituições de pesquisa como a extração de substâncias vegetais (extratos e óleos essenciais, etc), isolamento e caracterização química de metabólitos (compostos) secundários. Além disso, será possível desenvolver produtos biologicamente ativos voltados para o controle integrado de pragas e doenças no campo ou para o controle microbiológico na indústria de alimentos.

O laboratório dará suporte às pesquisas que permitirão o desenvolvimento de um sistema de cultivo para produção de matéria-prima de espécies medicinais, recomendado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com padrão de qualidade. O sistema possibilita a produção de plantas em larga escala, preservando suas propriedades fitoterápicas.

A matéria-prima do projeto será fornecida pelo horto de plantas medicinais implantado na unidade da Embrapa em Fortaleza/CE. A pesquisadora Rita de Cássia Pereira é coordenadora do projeto de cultivo de 22 espécies recomendadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

– Estamos analisando as propriedades biológicas de três espécies de manjericão que servirá como base para o desenvolvimento de um controle microbiológico dos alimentos – informou.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA