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 | 02/04/2008 17h37min

Sem licitação, Petrobras fará plataforma clonada no Rio

P-62 será capaz de produzir 180 mil barris de petróleo por dia

Atualizada em 08/04/2008 às 06h04min

A Petrobras confirmou nesta quarta-feira que vai clonar a plataforma P-54 para construir a plataforma P-62, que, como a primeira, será destinada ao campo de Roncador, na Bacia de Campos (RJ). Segundo nota da empresa, após diversos estudos internos, tanto técnicos como econômicos, a companhia decidiu que a melhor opção é a reutilização do projeto da P-54 para a P-62.

A clonagem é uma estratégia que vem sendo adotada pela estatal para tentar reduzir custo e prazos em seus projetos, já que elimina a necessidade de realizar uma licitação, processo que demanda mais tempo.

A estratégia da clonagem começou a ser implementada há cerca de um ano, com a construção da P-56, idêntica à P-51. A decisão de optar por esta estratégia ocorreu após o cancelamento das licitações das plataformas P-55 e P-57, por causa de custos elevados apresentados pelos concorrentes. O atraso nessas duas licitações comprometeria o cronograma da estatal.

A exemplo da P-54, a plataforma P-62 também terá requisitos de conteúdo nacional, possibilitando a formação de 2,6 mil empregos diretos, além de mais de 10 mil empregos indiretos.

A P-62 será uma unidade do tipo FPSO (Produção, Estocagem e exportação) capaz de produzir 180 mil barris de petróleo por dia, estocar 1,8 milhão de barris e comprimir 6 milhões de metros cúbicos de gás natural. A unidade ficará ancorada em profundidade d'água de 1.545 metros.

A construção da P-54 foi realizada em 41 meses após a assinatura de três contratos em junho de 2004 — a unidade custou US$ 900 milhões e começou a funcionar em dezembro de 2007.

Os módulos de compressão de gás foram construídos pelo consórcio "Dresser- Rand" e "Mauá Jurong"; os de geração elétrica pela a empresa "Nuovo Pignone". Já a conversão do casco, em Cingapura, a fabricação dos demais módulos e integração da unidade ficaram a cargo da "Jurong Shipyard", no estaleiro Mauá, em Niterói.

Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras, as mesmas empresas responsáveis pela construção da P-54 farão também a P-62. Ainda não há levantamento de quanto irá custar a nova plataforma nem quando será o início das obras, que devem durar cerca de três anos e meio.

Agência Estado
 
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