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 | 28/03/2008 17h15min

Dilma é "aloprada" e suposto dossiê é "crime", diz líder do PSDB

Virgílio voltou a criticar o levantamento de gastos do ex-presidente FH

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), chamou nesta sexta-feira, em discurso no plenário, em Brasília, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, de "aloprada". Ele afirmou que "é muito grave" a acusação de que a ordem para fazer um levantamento de gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso partiu da principal assessora de Dilma, a advogada Erenice Guerra.

— É um crime muito grave e o dossiê é um documento espúrio, criminoso. Não tem essa história de que tem aloprado. Ela é aloprada, aconteceu o alopramento da ministra Dilma, ela não pode dizer que não conhecia isso, não podemos cultuar essa República do "eu não sabia". O documento saiu da doutora Erenice, não saiu de nenhum adversário dela do PT, saiu da Casa Civil — afirmou Virgílio, comentando informação de hoje do jornal Folha de S.Paulo sobre a atuação de Erenice no episódio.

Virgílio voltou a criticar o levantamento de gastos do ex-presidente FH, de sua mulher Ruth Cardoso e de ex-ministros de sua gestão, e lembrou que a quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa custou o cargo "de Antonio Palocci, um dos mais importantes ministros do governo Lula". Ao dizer que a ministra Dilma poderia se "passar por tola e dizer que não sabia de nada", voltou a lembrar a queda de Palocci.

— Um dos grandes ministros da Fazenda deste país caiu pela abertura do sigilo bancário de um caseiro. Não importa se foi um caseiro, poderia ter sido do doutor Antonio Ermírio (de Moraes, dono do grupo Votorantim e homem mais rico do país), a quebra do sigilo foi crime e o Palocci caiu.

A definição de Dilma como "aloprada" foi uma referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter chamado de "bando de aloprados" os petistas que teriam encomendado a compra de um dossiê falso contra tucanos e que levou a disputa das eleições presidenciais de 2006 para o segundo turno. Ainda no discurso, Virgílio disse que a ministra que cuida do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não é capaz de tomar conta da Casa Civil.

— Coitado do PAC, não vai a lugar nenhum. O fato é extremamente grave, não tem a menor importância se tem guerra interna no PT, não acredito que ninguém no PT esteja levando a candidatura dela a sério — afirmou o líder tucano.

Virgílio disse que depois da divulgação da matéria da Folha, o mínimo que poderia ocorrer é "a Dilma se dirigir à CPI para explicar os fatos". Ele pediu intervenção da Polícia Federal para investigar o fato na Casa Civil. O senador insistiu que não iria entrar na discussão de guerra interna no PT para impedir a candidatura da ministra Dilma à sucessão presidencial de 2010.

— Que candidatura, qual pessoa neste país que pode levar a sério a candidatura da ministra Dilma? Candidata a quê, ela não foi candidata a síndica, a prefeita ou a coisa alguma. Quando Lula insinua que ela é candidata, me parece que é ele quem não abre mão de disputar o tal terceiro mandato.

Agência Estado
 
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