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 | 25/03/2008 14h49min

Fazenda não vê risco de bolha no crédito, diz secretário

Demanda reprimida no país ainda tem espaço para continuar a se expandir

O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta terça-feira não haver sinais de uma bolha no crédito, embora o crescimento do consumo tenha sido maior que a alta do Produto Interno Bruto no quarto trimestre de 2007. A afirmação foi feita após participar do Seminário "Estratégias de Política Macroeconômica", realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), na capital paulista.

Na avaliação de Barbosa, apesar do aumento do crédito, a demanda reprimida no país permanece elevada e ainda tem espaço para continuar a se expandir.

— As instituições brasileiras têm uma boa situação patrimonial e avaliam bem o risco. Se há bolha ou não, vemos pelos índices de inadimplência, que, até o momento, estão bem comportados — explicou.

Barbosa sustentou que cabe ao Banco Central analisar essa questão, mas admitiu que o uso da capacidade instalada da indústria está alto. Ele ressaltou, porém, que alguns setores com demanda em destaque, como os de siderurgia e de cimento, levam um certo tempo para maturar os investimentos contratados.

O governo não tem meta para o saldo das transações correntes, mas o déficit é considerado sustentável se mantido nos níveis previstos pelo Banco Central, de US$ 12 bilhões, afirmou o secretário.

Barbosa disse também que as medidas anunciadas pelo governo para conter a valorização do câmbio são suficientes para conter as investidas do capital especulativo. Em sua avaliação, a diminuição progressiva do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre o capital que permanecer mais tempo no País é uma boa sinalização para os investidores, que quiserem financiar a bolsa e as empresas brasileiras.

Agência Estado
 
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