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 | 20/03/2008 16h02min

Bolsas da Europa fecham em baixa com crise de crédito

Medo de inflação e queda das commodities continuam assustando mercado europeu

As principais bolsas européias permaneceram voláteis, não conseguiram sustentar um movimento de alta e voltaram a fechar em baixa antes da pausa do feriado de Páscoa — as bolsas permanecerão fechadas nesta sexta-feira e na segunda-feira. As continuadas perdas do setor de mineração, em meio aos temores de inflação e às quedas nos preços dos produtos básicos (commodities), pesaram sobre o sentimento do mercado. Inevitavelmente, o setor financeiro também sentiu o impacto das preocupações econômicas globais.

Em Londres, o índice FT-100 caiu 0,91% e fechou com 5.495,2 pontos; na semana, o índice acumulou uma perda de 2,42%. Em Paris, o índice CAC-40 recuou 0,49% e encerrou com 4.533,72 pontos; na semana, o CAC-40 registrou uma queda de 1,27%. Em Frankfurt, o índice Xetra-Dax caiu 0,65% e fechou com 6.319,99 pontos; na semana, o Xetra-Dax teve uma desvalorização de 2,05%.

O Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE, o BC do país) voltaram a intervir em seus respectivos mercados para aliviar a inquietação com a injeção de recursos extras nos mercados monetários. O BCE alocou 15 bilhões de euros de liquidez extra.

Em Londres, o dado de vendas no varejo em fevereiro do Reino Unido veio acima do esperado, com uma alta de 1,0% no mês. Contudo, o número serviu para provocar mais confusão de que esclarecer o cenário. O chefe de derivativos da GFT Global Markets UK, Martin Slaney disse que "isto agora tornará mais difícil para o Banco da Inglaterra justificar cortes no juro no próximo encontro, em abril".

Contudo, a Investec tem uma avaliação bastante diferente sobre a situação. Em nota para clientes, o analista David Page disse que o indicador passa uma impressão errada e, "como tal, não achamos que irá deter o Comitê (de Política Monetária do Banco da Inglaterra) de afrouxar sua política monetária (ou seja, reduzir os juros) se acreditar que os riscos de baixa associados com o aperto no crédito aumentaram".

Ações

Na Bolsa de Londres, as ações de empresas relacionadas ao setor de mineração e metais permaneceram em território negativo. O analista Tom Gridley-Kitchin disse que isso, sem dúvida, era uma reação ao declínio econômico global, mas acrescentou que "aumentaram as preocupações de que o crescimento da China pode estar desacelerando, o que está afetando as ações de metais e mineração na margem".

As ações da Anglo American oscilaram em território negativo durante todo o dia e fecharam em baixa de 8,11%. As ações da Antofagasta recuaram 6,68%, as da BHP Billiton caíram 5,55%, as da Rio Tinto perderam 5,33% e as da Xstrata (atualmente em processo de negociação de venda para a Vale) registraram uma perda de 6,27%.

As ações do setor bancário refletiram os temores adicionais do aperto no crédito. As ações do problemático IKB Deutsche Industriebank caíram depois de o banco alemão ter alertado que podem ocorrer mais baixas contábeis em sua carteira de crédito de risco, apesar da nova injeção de 450 milhões de euros em capital por sua maior acionista, a KfW. As ações do IKB fecharam em baixa de 3,85%.

Outras bolsas

Em Madri, o índice Ibex-35 caiu 0,004% e terminou o dia com 12.964,20 pontos; na semana, o índice acumulou uma perda de 0,44%. Em Milão, o índice S&P/MIB recuou 1,63% e fechou com 30.371 pontos; na semana, o S&P/MBI registrou um declínio de 4,07%. Em Lisboa, o índice PSI-20 caiu 0,11% e fechou com 10.049,26 pontos; na semana, o PSI-20 sofreu uma desvalorização de 1,18%.

Agência Estado
 
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