O dólar à vista abriu o pregão desta quarta-feira da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) em alta de 0,06%, negociado a R$ 1,691. Ontem, a moeda americana fechou em baixa de 1,92%, cotada a R$ 1,69. Um dia depois do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, cortar a taxa básica de juros americana e do redesconto (linha de empréstimo entre bancos) em 0,75 ponto percentual, para 2,25% ao ano e 2,5% ao ano, respectivamente, animando os mercados globais, o humor volta a piorar com as preocupações focadas no sistema financeiro britânico.

Rumores de bancos londrinos em dificuldade afetam o desempenho das bolsas européias — que abriram em alta e passaram a operar em baixa —, enfraquecem o dólar ante euro e iene e respingam nos índices futuros negociados em Nova York. Por aqui, o impacto é de alta nas cotações do dólar já na abertura das transações. Ainda assim, não se esperam fortes pressões da moeda americana, a menos que os temores da Europa venham a contaminar de maneira mais intensa os mercados dos EUA.

Balanços positivos

Um fato novo foi divulgado nesta manhã com potencial para baixar a temperatura dos mercados, criando um ambiente mais ameno para os investidores: o balanço do banco americano Morgan Stanley, melhor do que o esperado. Ontem, os dados também acima do previsto dos bancos Goldman Sachs e do Lehman Brothers sustentaram um clima otimista até o desfecho da reunião do Fed.

O lucro líquido por ação do Morgan Stanley caiu 42%, de US$ 2,17 para US$ 1,45, mas ainda assim é superior ao estimado pelo mercado. As projeções eram de um recuo maior, de 53%. Por enquanto, a reação a esse resultado é praticamente imperceptível. Somente os índices futuros das bolsas americanas diminuíram as perdas, mas em intensidade sutil. Às 9h10min, o índice futuro do Nasdaq-100 recuava 0,62% e o futuro do S&P 500 caía 0,64%. Em Londres, o índice FTSE-100 cedia 1,03%.

Para o restante do dia não há outros indicadores internacionais de destaque. Por aqui, o mercado deve ficar atento aos dados que o Banco Central divulga, a partir das 12h30min, sobre o fluxo cambial. Trata-se de números preliminares de entrada e saída de moeda estrangeira do país nas primeiras semanas de março. Em fevereiro, o BC registrou fluxo positivo de US$ 3,246 bilhões, com entradas de US$ 2,665 bilhões na conta comercial e de US$ 581 milhões no segmento financeiro.