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 | 18/03/2008 18h38min

Ministério da Agricultura começa a fiscalizar exportadoras de mel

Auditorias iniciaram após o fim do embargo da UE ao produto brasileiro

Renata Maron  |  reportagem@canalrural.com.br

Nesta terça, dia 18, técnicos do Ministério da Agricultura fizeram a primeira auditoria numa das maiores empresas exportadoras de mel do Brasil, A Realeira, localizada na cidade de Botucatu (SP). A empresa foi a primeira a ser verificada após a suspensão na semana passada do embargo da União Européia ao produto brasileiro.

Por dois anos, a Europa fechou as portas para o mel brasileiro e o país deixou de ganhar US$ 56 milhões, segundo a Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel). 

A empresa A Realeira é uma das maiores exportadoras do país e na época do embargo buscou alternativas em outros mercados, como Canadá e Estados Unidos, além de tentar recuperar o cliente mais exigente e que paga mais caro pelo produto: o europeu. Com a volta das exportações para a UE, a empresa pretende embarcar este ano entre 1,5 mil e 2 mil toneladas de mel. Cerca de 35% deste volume devem seguir para a Europa ainda neste segundo semestre.

Os técnicos do Ministério da Agricultura, após terem feito a auditoria, seguiram para uma avaliação no campo.

– Não adianta a indústria estar apta a exportar e ter um controle de qualidade se no campo não houver um acompanhamento e um monitoramento do processo do mel – disse o presidente da A Realeira, José Henrique Faraldo.

 – Tem que ser feito este controle mesmo, já que boa parte dessas exigências são cumpridas, mas acredito ser necessário uma padronização, que hoje ainda não há. Todos os produtores e todas as empresas seguindo a mesma regra – afirmou o analista de controle de qualidade, Hedieferson dos Santos.

O presidente da Associação Paulista de Apicultores (Apacame), Constantino Zara, disse que agora o embargo está sendo imposto pelo Ministério da Agricultura. Ele não é contra a idéia dos produtores se readequarem, mas afirma que o ministério não estipulou um prazo.

– Nós não somos contra as exigências, nós só queremos tornar viável o procedimento. Nós temos que avaliar melhor essa situação – disse Zara.

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