| 18/03/2008 16h51min
A Casa Branca defendeu nesta terça-feira as medidas adotadas pelo governo americano para fazer frente aos problemas econômicos do país, mas não quis especificar se os Estados Unidos já passariam por uma recessão, como asseguram alguns especialistas.
O porta-voz da Casa Branca Tony Fratto — que viaja com o presidente americano, George W. Bush, para o Estado da Flórida — disse a jornalistas que a resposta federal aos desafios da economia americana "foi rápida e decisiva".
Fratto criticou energicamente a "demagogia" de alguns líderes democratas, entre eles o senador Chuck Schumer, que reclamaram da inércia do governo Bush.
— Acho que, antes de atirarem pedras, os democratas deveriam notar que vivem sob um teto de vidro e que deveriam ver o que podem fazer, o que o Congresso precisa fazer para ajudar os americanos a superarem esta crise — disse o porta-voz.
Fratto também fez alusão a uma lei, ainda não aprovada no Congresso
americano, que permitiria a modernização da
Administração Federal de Habitação (FHA, na sigla em inglês), agência que dá assistência a proprietários de imóveis.
O porta-voz fez questão de lembrar que Bush pediu a aprovação da medida em agosto de 2007 e, "quase sete meses depois, em meio a uma queda no mercado imobiliário", ainda se espera que o Congresso a ratifique.
Fratto deu tais declarações para antecipar parte do que Bush falará durante sua viagem pela Flórida onde, além de participar de um evento de arrecadação de fundos para republicanos, promoverá sua agenda comercial e insistirá na aprovação do tratado de livre-comércio com a Colômbia.
O porta-voz também defendeu o pacote de crescimento econômico que o presidente americano baixou no início de fevereiro em um esforço para superar "este período de transição e este descenso".
Durante o que ele próprio descreveu como um monólogo, Fratto disse que o governo de Washington falou com clareza e transparência sobre as
fraquezas da economia, mas se negou a confirmar se o
país atravessa ou não uma recessão.
— As pessoas perguntam se há uma recessão. Não sei se isso é possível com uma taxa de desemprego inferior a 5%. Não estou dizendo se há ou não uma recessão, mas o sólido crescimento econômico e uma baixa taxa de desocupação são bons sinais — ressaltou o porta-voz.
Por outro lado, Fratto reconheceu que entre os desafios enfrentados atualmente pelos EUA estão a crise imobiliária e o crescente risco que muitos americanos vivem de perderem suas casas, além do aumento das restrições de créditos e dos preços dos combustíveis.
Presidente Bush viaja para Flórida, onde pronunciará um discurso sobre a política comercial dos EUA
Foto:
Stefan Zaklin, EFE
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