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 | 17/03/2008 21h08min

Relatório da OEA não cita vítimas de ataque colombiano

Organização recomendou seis medidas para resolver a crise diplomática e militar entre o Equador e a Colômbia

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Insulza, recomendou seis medidas para resolver a crise diplomática e militar entre o Equador e a Colômbia, mas em seu relatório divulgado nesta segunda-feira não existem referências a vítimas fatais.

Ele elaborou o relatório após as investigações, com uma equipe de embaixadores e especialistas, dos incidentes ocorridos em 1º de março, quando um ataque militar colombiano contra as guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Equador, deixou vários guerrilheiros mortos, entre eles o número 2 da organização, Raúl Reyes.

— É como se fosse feito um relatório sobre o Iraque e somente fosse mencionada a parte americana — disse sob anonimato um diplomata.

— No relatório, não há menção sobre quantas pessoas foram mortas e nem a sua procedência e nacionalidade — disse.

Insulza, que viajou à Colômbia e ao Equador como parte da investigação, somente menciona em seu relatório as "versões contraditórias" de ambos os países sobre o ataque e considera um trabalho bilateral para restaurar "os vínculos de confiança que foram gravemente afetados," entre os governos dos dois países.

Insulza afirma que os dois governos concordaram em "desenvolver a cooperação em temas fronteiriços bilaterais e outros de interesse comum" e propõe um "grupo multinacional de observadores" para a verificação dos acordos entre a Colômbia e o Equador.

Ele sugere que seja formado um grupo de observadores. Fontes diplomáticas indicam que o grupo será presidido pela República Dominicana e terá a Argentina na vice-presidência.

Além da formação de um grupo de observadores, Insulza recomenda o restabelecimento das relações diplomáticas entre Colômbia e Equador, o fortalecimento dos mecanismos de alerta, de cooperação e diálogo fronteiriço, o incentivo ao diálogo entre as sociedades civis de ambos os países, a intensificação das relações comerciais bilaterais e o desenvolvimento de projetos de cooperação e integração na fronteira.

Agência Estado
 
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