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 | 10/03/2008 17h55min

Ibovespa perde 3% e fecha abaixo dos 60 mil pontos

O volume financeiro foi o menor deste mês e totalizou R$ 4,899 bilhões

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou abaixo dos 60 mil pontos, em meio à deterioração do mercado internacional, após um noticiário carregado de informações desfavoráveis sobre o setor financeiro americano.

O Ibovespa, principal índice, caiu 3,02%, para 59.999,3 pontos — a menor pontuação desde o dia 8 de fevereiro de 2007, quando terminou em 59.076,0 pontos. O volume financeiro foi o menor deste mês e totalizou R$ 4,899 bilhões.

O banco americano Bear Stearns foi um dos protagonistas da sessão, em meio a rumores de problemas de liquidez, rebaixamento pela agência de classificação de risco Moody's da nota (rating) de títulos emitidos pelo banco e à disparada do custo de proteção contra o crédito da instituição.

O executivo-chefe do Bear Stearns classificou de "ridículas" as especulações sobre falta de liquidez, mas não adiantou: as ações caíam quase 10% no final da tarde. E o Bear foi apenas um personagem do dia.

O jornal Financial Times reportou que a Carlyle Capital Corporation (CCC) requisitou um acordo de paralisação a seus credores, após alguns deles terem liquidado quase um quarto do fundo de US$ 21 bilhões de ativos garantidos por hipotecas residenciais, listado em Amsterdã.

O JPMorgan avaliou que os bancos perderão pelo menos US$ 325 bilhões em capital após declararem baixas contábeis de ativos em meio à crise de aperto no crédito.

Um analista do Citigroup estimou que o Lehman Brothers terá baixa contábil de US$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre fiscal, encerrado em fevereiro, enquanto o Goldman Sachs deverá registrar baixas de US$ 3,2 bilhões e o Morgan Stanley, de US$ 1,2 bilhão.

Nesse cenário, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 1,29%, o S&P-500 recuou 1,55% e o Nasdaq cedeu 1,95%.

Os negócios em Wall Street ainda foram minados pelo comportamento ascendente do petróleo. Os índices de ações foram às mínimas do dia depois que o preço do petróleo avançou para acima de US$ 108,00 por barril em Nova York.

Nem impacto positivo que esse tipo de alta costuma ter sobre as bolsas norte-americanas, por meio das ações de energia, ajudou a reduzir a pressão negativa, uma vez que tais companhias foram afetadas pelos continuados temores de recessão nos EUA. O petróleo fechou a US$ 107,90 por barril em Nova York, em alta de 2,62%.

A alta do petróleo, contudo, ajudou a "limitar" as perdas das ações da Petrobras. As preferenciais (PN) caíram 1,87% e as ordinárias (ON) recuaram 1,59%.

A queda foi menor do que a dos papéis da Vale, por exemplo: Vale PNA cedeu 3,94% e Vale ON recuou 2,71%. As ações da mineradora não tiveram o mesmo suporte dos papéis da estatal, uma vez que os preços dos metais recuaram no exterior.

No Ibovespa, as baixas foram lideradas por TIM Participações PN, que caiu 7,90%, B2W ON, que recuou 7,26%, e Net PN, com declínio de 6,81%. Apenas cinco ações do índice encerraram no azul: Klabin PN (+1,95%), Embraer ON (+0,45%), Transmissão Paulista PN (+0,44), CPFL Energia ON (+0,08%) e ArcelorMittal Inox Brasil PN (+0,01%).

Agência Estado
 
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