O último corpo encontrado dos supostos guerrilheiros mortos no ataque militar colombiano a um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território equatoriano foi removido do local onde foi descoberto, informou hoje à Agência Efe uma fonte militar do Equador.

No total, segundo a fonte equatoriana, foram resgatados do local bombardeado pelo Exército colombiano e seus arredores 23 corpos de supostos guerrilheiros, o último encontrado coberto de terra na quinta-feira passada cerca de 800 metros do local do bombardeio.

Este último corpo foi retirado no sábado da floresta por um helicóptero do Exército e levado à cidade de Nueva Loja, a capital da província de Sucumbíos, de onde foi transferido para Quito, 135 quilômetros ao oeste, em uma ambulância do instituto médico legal.

Até agora, o número de mortos está em 25, dos quais 23 estão em processo de identificação no Equador.

No entanto, segundo a fonte, teriam morrido no ataque pelo menos 26 rebeldes e um militar colombiano. Entre as baixas guerrilheiras está o porta-voz internacional das Farc, "Raúl Reyes".

Um cachorro da unidade de criminalística da Polícia Nacional, adestrado para encontrar corpos, foi levado à zona do bombardeio, mas não encontrou outros cadáveres, acrescentou a fonte.

As patrulhas militares no setor periciaram dois hectares de terreno em torno do local, para coletar possíveis pistas e buscar corpos de outros supostos guerrilheiros presumivelmente feridos que poderiam ter morrido ao tentar escapar do ataque.

A ação militar colombiana gerou uma crise diplomática entre Colômbia e Equador, à qual se uniram Venezuela e Nicarágua, que se resolveu na sexta-feira passada durante a Cúpula do Grupo do Rio na República Dominicana.