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 | 05/03/2008 11h43min

BM não concorda com denúncia de excessos durante desocupação em Rosário do Sul

Os manifestantes estão alojados num ginásio no centro de Santana do Livramento

Ronan Dannenberg, Santana do Livramento  |  ronan.dannenberg@zerohora.com.br

A denúncia por parte de integrantes da Via Campesina de que a Brigada Militar teria feito uso de violência na retirada das manifestantes da Via Campesina da Fazenda Tarumã no final da noite de ontem, em Rosário do Sul, é rechaçada pelo sub-comandante geral da BM, Paulo Roberto Mendes.Conforme Mendes, foi solicitada a saída do grupo da propriedade de forma voluntária. Como não houve acordo, foi necessário o uso da força.

— Não se pode falar em excessos. É sempre a mesma coisa. Quem tem de ser retirado, tem de ser retirado. Usamos armas não-letais para isso, mas tínhamos pouca munição. Se tivéssemos mais, teríamos usado — aponta Mendes.

A BM fez a contagem das ferramentas usadas pelos integrantes no conflito. Foram 315 foices, 139 facões, 15 machadinhas, 10 machados, nove enxadas, 23 escudos de lata e outros 50 de madeira.

— Quem usa esse tipo de material, bem intencionado não está — frisa o sub-comandante.

Desde a desocupação da fazenda Tarumã, integrantes da Via Campesina realizam a contagem de feridos. De acordo com a Ouvidoria-Geral da Segurança Pública do Estado, que acompanha os manifestantes em Santana do Livramento, 48 pessoas ficaram feridas, entre mulheres, homens e crianças. Quatro delas estão em observação na Santa Casa de Misericórdia do município, sendo duas mulheres e duas crianças.

De acordo com o ouvidor-geral Adão José Correa Paiani, será feito um levantamento por parte da ouvidoria para averiguar os métodos usados pela Brigada Militar na reintegração de posse.

 
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