O dólar comercial fechou em alta de 0,90%, cotado a R$ 1,686 no mercado interbancário de câmbio hoje. No pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar dos contratos à vista subiu 0,78% e fechou em R$ 1,684. A taxa de câmbio subiu com mais força no meio da tarde, "contaminada" pela queda acentuada das Bolsas de Valores de São Paulo e de Nova York.

A queda de preços de matérias-primas (commodities) nas bolsas de mercadorias também estimulou ajustes de posições de câmbio durante a tarde. A queda do petróleo em Nova York e Londres refletiu um movimento de realização de lucros, após as fortes altas dos últimos dias. Há a expectativa com a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a divulgação do relatório semanal sobre estoques dos EUA, ambos previstos para esta terça-feira. A Opep deve optar por manter a produção de petróleo estável.

Vale lembrar que o petróleo leve (tipo WTI) negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) atingiu o recorde de US$ 103,95 o barril ontem, superando até mesmo a máxima ajustada à inflação atingida em 1980. Muito da força recente dos contratos de petróleo veio da série de cinco sessões em que o dólar foi a mínimas históricas sucessivas contra o euro.

No câmbio, o Banco Central interveio no mercado ao meio-dia com leilão de compra de dólar. No qual operadores estimam que a autoridade monetária tenha adquirido cerca de US$ 50 milhões. A taxa de corte das propostas foi de R$ 1,669 por dólar. Entre as ofertas divulgadas, a cotação máxima foi de R$ 1,67 e a mínima, de R$ 1,6686.