Depois de reduzir em um terço o número de propriedades para inspeção da União Européia (UE) para exportação de carne bovina ao bloco, o governo brasileiro restringiu mais ainda. A lista final de inspeção é de 168 fazendas, 13 no Rio Grande do Sul. Os municípios de Bagé, São Borja, São Gabriel, Uruguaiana, Alegrete, Aceguá e Dom Pedrito serão escolhidos para uma amostragem pelos europeus.

Para o governo brasileiro, agora todo o cuidado é pouco. O objetivo é evitar que a comitiva européia encontre qualquer tipo de problema na extensão das fazendas brasileiras. Mas o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, tenta acalmar os produtores.

O ministro afirmou que esse é apenas um primeiro passo para restabelecer a credibilidade da carne e, depois, o número aumentará. Ele disse que seria necessário credenciar entre 4 mil e 5 mil propriedades para atender à demanda européia. A comitiva da UE fica no país até 14 de março, e só depois se pronuncia sobre o embargo à carne brasileira.

Questionamento

Em entrevista ao programa Gaúcha Repórter, da Rádio Gaúcha, o presidente da Federação Brasileira das Associação de Criadores de Animais de Raça questionou o critério para escolha das fazendas. Conforme José Roberto Pires Weber, muitos produtores adotam a rastreabilidade nos animais e mesmo assim não foram selecionados.

O superintendente Federal da Agricultura no Rio Grande do Sul, Francisco Signor, esclareceu que as fazendas foram escolhidas levando em conta todos os pré-requisitos exigidos pela UE. As vendas de carne brasileira ao bloco estão suspensas desde o início do mês.