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 | 25/02/2008 17h24min

Ministro sugere maior transparência no uso do cartão corporativo

Márcio Fortes disse que a solução está na discriminação dos gastos no Portal Transparência

Jocimar Farina  |  jocimar.farina@rdgaucha.com.br

Se depender do ministro das Cidades, Márcio Fortes, a solução para o fim das irregularidades sobre o uso dos cartões corporativos está na discriminação de todas as despesas por meio do Portal Transparência do governo federal na internet. Fortes esteve nesta segunda-feira no Rio Grande do Sul para participar de reunião no Conselho Administrativo da Trensurb, anunciar a liberação dos primeiros recursos da ampliação da linha até Novo Hamburgo e autorizar o começo das obras de alargamento da Avenida João Corrêa, em São Leopoldo.

Segundo Fortes, os escândalos envolvendo irregularidades no uso do cartão corporativo ocorreram porque só havia comprovação dos saques feitos sem que as despesas fossem informadas.

— Você tirava o valor para ir pagando e não havia transparência, porque só o valor sacado é que era colocado no Portal da Transparência (na internet). As despesas não apareciam. Então, o que está faltando talvez seja a colocação dos gastos no portal, indicando o que foi comprado.

O ministro ressaltou que nunca usou e nem pretende usar o dispositivo. Mesmo quando estava no governo de Fernando Henrique Cardoso, Fortes lembrou que não utilizava essa facilidade. Além disso, reiterou que o cartão corporativo não é utilizado por qualquer pessoa de sua pasta para uso individual.

Em 2007, a Trensurb, que é vinculada ao Ministério das Cidades, foi responsável por 76,1% dos gastos da pasta com cartões corporativos e aparece como a quarta autarquia que mais gastou no Estado, com R$ 95,7 mil. A União consumiu, no último ano, mais de R$ 75 milhões com cartões corporativos. Fortes ressaltou que apenas as áreas administrativa e de compras têm acesso ao cartão, que é usado para aquisições consideradas importantes.

No atual governo federal, só a ex-secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, gastou R$ 171 mil. Em Florianópolis, seguranças da filha de Lula gastaram dinheiro de cartões em academias, lojas de materias de construção e livrarias, entre outros estabelecimentos. Surgido em 1998 para facilitar saques ou pagamentos de rotina das autoridades com recursos da União, o cartão corporativo não exige autorização prévia para utilização.

 
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