| 23/02/2008 01h11min
Dos 30 milhões de metros cúbicos de gás importados diariamente da Bolívia, o Brasil precisa da cada molécula segundo afirmou nesta sexta-feira o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. No entanto, disse que a Petrobras "é sensível" aos problemas energéticos da Argentina.
Por isso, equipes dos dois países estão realizando estudos para encontrar outras fontes de energia para ser fornecida à Argentina, para atender à demanda de energia de que o país precisa.
Gabrielli negou pressões do governo argentino para que a Petrobras ceda uma parte da cota de gás que compra da Bolívia. "Nós temos uma relação boa com a Argentina. É uma relação típica de todas as empresas petrolíferas energéticas com os governos dos seus países, que é uma relação de amor e ódio", afirmou.
O presidente da Petrobras informou que foi o governo da Bolívia que pediu ao Brasil para ceder uma parte do gás que abastece o Brasil para a Argentina.
A diretora de
Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças
Foster, informou que o não-cumprimento do contrato da Bolívia com o Brasil implica em multas "pesadíssimas" e que o valor da multa depende de vários fatores.
As declarações de Gabrielli e da diretora da Petrobras foram na saída da Casa Rosada, sede do governo argentino, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Cristina Kirchner assinaram uma declaração conjunta com 17 itens e acordos em várias áreas. As informações são do site G1.
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