| 22/02/2008 09h57min
A elevação do preço de matérias-primas (commodities) exportadas pelo Brasil, que é apontada pelos especialistas como fator principal para a valorização do real nos últimos dias, segue como centro das atenções do mercado de câmbio. Um dos últimos impulsos para a escalada de preços desses produtos foram os reajustes de quase 70%, em média, conseguidos pela Vale no preço do minério de ferro junto às maiores siderúrgicas do Japão, da Coréia de Sul, da Europa e hoje da China.
Com isso, o dólar à vista voltou a abrir em baixa no pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros, negociado no início desta manhã a R$ 1,709. Ontem, a cotação da moeda norte-americana chegou aos valores mais baixos desde maio de 1999, fechando o dia R$ 1,711.
Por outro lado, o aumento das commodities e o contágio nos preços de outros produtos pressionam as bolsas européias para baixo hoje. O comportamento é reflexo do temor de que isso se traduza em aumento da inflação, em tempos em que as
prioridades das políticas
monetárias dos países desenvolvidos deveriam ser voltadas à sustentação da atividade econômica. Nos EUA, os índices futuros de ações no pregão eletrônico ainda não apresentam trajetória firme e a agenda dia, mais leve, ajuda o mercado a manter tranqüilidade.
Por aqui, a avaliação dos especialistas é de que a tendência do dólar continua sendo de queda, apoiada nos fundamentos positivos do país e nas conseqüentes apostas de fluxo positivo de recursos. Ainda assim, não se descarta um ajuste pontual de alta, visto que as cotações recuaram muito nos últimos pregões (desde segunda-feira a taxa de câmbio está em queda). O petróleo voltando a subir e de novo próximo do nível de US$ 100 o barril pode ser um bom motivo para isso.
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