O registro policial do furto de equipamentos da Petrobras revela que a lista de material levado por ladrões é maior do que a divulgada pela Polícia Federal (PF) até agora. Guilherme da Silva Vieira, técnico em manutenção da empresa Halliburton e o primeiro a descobrir o arrombamento do contêiner, disse à polícia que "quando foi conferir a carga, notou que o lacre estava violado e o cadeado, trocado". Ele relatou o furto de "quatro laptops, dois discos rígidos — que armazenam informações — e dois pentes de memória". As informações são do site G1 e do Jornal Nacional, da Rede Globo.

A lista do material roubado é maior do que a divulgada pela PF até agora porque inclui um outro computador e dois equipamentos que não interessariam em um caso de espionagem industrial: uma impressora e um gravador de DVD. Ontem, o superintendente da Polícia Federal no Rio, Valdinho Jacinto Caetano, disse que só os equipamentos com informações tinham sido levados.

Mais três funcionários da Petrobras foram ouvidos nesta quarta-feira pela PF. Ao todo, 24 pessoas devem ser interrogadas até a semana que vem. Em Macaé, a delegada que comanda as investigações disse que os equipamentos roubados estavam sendo usados na Bacia de Santos, no recém descoberto campo gigante de Júpiter, que pode levar à auto-suficiência do Brasil em gás natural.

A assessoria de imprensa da PF informou que o superintendente não descartou totalmente a hipótese de roubo comum.

Contêiner lacrado

A Transmagno Transportes Rodoviário, empresa que transportou o contêiner de onde foram furtados equipamentos com dados confidenciais sobre pesquisas da Petrobras, distribuiu nota nesta quarta-feira afirmando que entregou a carga lacrada e intacta em Macaé, no norte fluminense. Segundo a nota, não houve qualquer violação da mesma enquanto o transporte esteve sob cuidados da empresa — entre o Porto do Rio de Janeiro e o município de Macaé, entre os dias 29 e 30 do mês passado, de acordo com a Agência Brasil.