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 | 20/02/2008 09h14min

Índice de clima econômico da América Latina recua em janeiro

Países da região ainda não sofrem os efeitos da crise de crédito imobiliário dos EUA

O Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina — elaborado em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) — recuou para 5,2 pontos em janeiro deste ano. Em outubro de 2007, na última divulgação desse indicador, o índice estava em 5,6 pontos.

Segundo o documento de divulgação da pesquisa, a queda está associada principalmente a uma piora no Índice de Expectativas (IE), que reduziu-se de 4,7 em outubro para 4,1 pontos em janeiro. Ainda segundo a FGV, o Índice da Situação Atual (ISA) manteve-se relativamente estável, já que foi de 6,4 pontos, em outubro de 2007, e 6,3 pontos, em janeiro de 2008.

Os técnicos da FGV explicaram que a crise desencadeada pelo mercado de crédito imobiliário nos Estados Unidos tem levado a um intenso debate sobre os seus possíveis efeitos na economia mundial. No caso da América Latina, de acordo com a pesquisa, a situação atual permanece relativamente imune aos efeitos da crise.

— Há uma piora nas expectativas, em janeiro, mas o maior impacto negativo ocorreu em outubro. Logo, não pode ser descartada a hipótese de contágio da crise, mas essa tenderia a ter um efeito relativamente menor do que em outras crises.

Países

Brasil, Costa Rica e Peru apresentaram nenhuma ou uma variação mínima no Índice de Clima Econômico (ICE) de janeiro, em relação a outubro de 2007, segundo a FGV. No caso do Brasil, o indicador passou de 6,5 pontos em outubro para 6,4 pontos em janeiro. Ainda no Brasil, o Índice da Situação Atual (ISA) de janeiro é igual ao de outubro (7,5 pontos) e houve queda no Índice de Expectativas (IE, de 5,5 pontos em outubro para 5,2 pontos em janeiro).

Em janeiro, de acordo com a FGV, o ICE aumentou somente em dois países: Argentina (de 4,3 pontos em outubro para 5,0 pontos em janeiro) e no Paraguai (de 5,0 para 6,4 pontos).

De acordo com a pesquisa, Equador, México e Venezuela continuam numa trajetória de piora das condições econômicas. Todos estes países registraram ICEs abaixo de 5, indicando avaliação ruim/péssima do clima econômico. O Chile, embora com ICE de 5,3 pontos, pode ser incorporado a esse grupo. O ICE de janeiro no país ficou abaixo da média histórica (6,2 pontos) caindo 1,3 ponto entre outubro de 2007 e janeiro de 2008. No Uruguai, o ICE caiu de 8,4 pontos em outubro para 7,7 pontos em janeiro.

Agência Estado
 
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