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 | 15/02/2008 14h48min

Relatoria da CPMI sobre cartões não é negociável, diz líder do PT

Oposição não aceita que dois aliados do governo comandem a comissão

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Maurício Rands (SP), afirmou nesta sexta-feira que a relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os cartões corporativos não é negociável.

A oposição insiste em negociar um dos cargos de comando da comissão: a presidência ou a relatoria. Regimentalmente, cabe aos partidos com maior representação no Congresso dividir o comando da CPMI. A oposição, porém, não aceita que dois aliados do governo comandem a comissão.

— Isso já é um samba de um nota só. (Em) toda CPI que se faz aqui a oposição quer quebrar a regra do jogo, que é a composição pelo tamanho das bancadas. Tenho aqui uma relação de todas as CPIs do governo Fernando Henrique, algumas delas propostas por deputados do PT, e não tem nenhum presidente, nem relator, que trabalhou naquelas poucas comissões que foram instaladas que tenha sido indicado pela bancada do PT — disse Rands.

Rands informou que os representantes da bancada petista na comissão serão os deputados Nilson Mourão (AC), Paulo Teixeira (SP) e Vignati (SC), além do ex-líder do partido na Câmara, Luiz Sérgio (RJ), indicado para a relatoria.

De acordo com o líder petista, é preciso deixar claro que a comissão não vai investigar o uso dos cartões corporativos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas sim irregularidades cometidas com o cartão desde sua criação.

— Esta é uma CPMI que vai apurar irregularidades cometidas nas despesas de pequeno porte e, portanto, quanto mais luzes houver, mais vai atender ao objetivo do governo Lula, que colocou essas despesas de pequeno porte — explicou.

Rands também comentou a denúncia de que alguns membros do PT seriam titulares de cartões corporativos:

— É natural que alguns desses ordenadores de despesa sejam indicações ou tenham militância partidária nos partidos da base do governo Lula. Então, a responsabilidade por eventual irregularidades cometidas no uso desses 11 mil cartões corporativos é de cada um de seus titulares.

O requerimento que cria a CPMI para apurar irregularidades cometidas com o cartão corporativo foi protocolado ontem à noite. Agora, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), deve convocar na próxima semana uma reunião conjunta da Câmara e do Senado para que o documento seja lido e a comissão instalada.

AGÊNCIA BRASIL
 
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