| 13/02/2008 12h57min
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse nesta quarta-feira, na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, que a polêmica sobre a exportação de carne brasileira para a Europa "é especificamente de ordem comercial". Ele acrescentou que não há nenhuma restrição de ordem sanitária.
Segundo ele, os pecuaristas europeus não têm condições de concorrer com o produto brasileiro, que tem custo mais baixo, e por isso pressionam a União Européia (UE) para cortar importações sob o argumento de que o sistema de rastreabilidade do país não seria confiável.
O ministro reafirmou, em audiência pública na comissão, que o erro vem desde o início, quando, em 1995, o governo firmou acordo com a UE e aceitou exigências que não estava em condição de cumprir.
Ele lembrou que na época, o ministério listou 2,7 mil propriedades em condições de cumprir 25 exigências para a rastreabilidade, mas hoje constata que apenas 600 dessas fazendas estão regulares.
Stephanes ressaltou que o
Brasil exporta carne para 150 países e, há 60 anos, para a Europa em especial depois do aparecimento do Mal da Vaca Louca, em 2003.
Depois de um período de embargo às carnes produzidas no continente europeu, os produtores, que têm rebanho suficiente para atender 95% da demanda do mercado local, querem dificultar a comercialização de carnes de fora da região e obter melhores preços.
O ministro da Agricultura destacou que a carne brasileira é bem aceita pelos consumidores europeus porque além de ser de boa qualidade, tem preços menores.
Ministro destacou que a carne brasileira é bem aceita pelos consumidores europeus porque além de ser de boa qualidade, tem preços menores
Foto:
Sebastião Ribeiro, ABR, Banco de Dados - 27/03/2007
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