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 | 11/02/2008 13h35min

Depoimentos abrem novas linhas de investigação na CPI do Detran

Acordo com federação de seguros permitiria acesso irrestrito ao banco de dados do Detran

Daniel Scola,  |  daniel.scola@rdgaucha.com.br

Surgiram duas novas linhas de investigação para a CPI do Detran, que terá nesta segunda-feira a primeira reunião. Através de informações passadas por servidores estaduais, os deputados vão investigar o contrato do Detran com a Federação Nacional das Empresas de Seguro Privados (Fenaseg).

O acordo prevê acesso irrestrito pelo Fenaseg ao banco de dados do Detran. Em troca, a entidade pagaria apenas o aluguel de oito automóveis para o departamento de trânsito.

Outra informação que vai concentrar esforços de investigação é a parceria entre a Fenaseg e o Estado que prevê o repasse de R$ 10 milhões para o Detran. O valor se refere à contrapartida do dinheiro arrecadado com o seguro obrigatório dos motoristas. O dinheiro não aparece contabilizado nas contas do Detran.

O presidente da CPI, deputado Fabiano Pereira, afirma que a relação entre o Detran e as empresas de seguro gera suspeitas. Outra linha de investigação que será aberta a partir de agora é o contrato de prestação de serviços de segurança do Detran. Um dia após a operação Rodin, que resultou na prisão de nove pessoas, entre eles ex-diretores do Detran, representantes da empresa de segurança procuraram o órgão estadual de trânsito para propor a redução do valor cobrado pelo serviço. Denuncias de superfaturamento no contrato haviam sido feitas pelo ex-secretário de segurança, Enio Bacci.

A primeira reunião da CPI do Detran, na tarde desta segunda-feira, será em parte frustrada, pois os deputados não conseguiram aprovar os pedidos de convocação para depoimentos. Isso porque os pedidos não foram publicados a tempo no Diário Oficial. Eles vão ficar para uma nova sessão que deverá ser marcada para quinta-feira.

A fase de depoimentos deve começar na semana que vem, com ex-secretários de segurança e ex-dirigentes do Detran. Um dos integrantes da CPI, deputado do PP, Pedro Westphalen, que vai investigar ex-colegas de partido, afirmou que isso não via interferir na sua postura.

 

 
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