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 | 06/02/2008 18h56min

Bovespa fecha em baixa e já acumula perdas de 7,7% no ano

Índice paulistas sentiu hoje as quedas em NY dos últimos dois dias

O comportamento em alta das bolsas de Nova York, na maior parte da sessão desta quarta-feira, não foi suficiente para impedir a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) de tombar mais de 3%, numa correção às fortes perdas registradas pelas americanas nos dois últimos dias — quando aqui não houve sessão em função do Carnaval. O fraco índice ISM do setor de serviços divulgado ontem nos Estados Unidos reforçou as apostas de um quadro recessivo naquele país e fez o índice acionário Dow Jones ter a maior queda em quase um ano. Hoje, o balanço da Disney e os índices referentes à mão-de-obra favoreceram uma recuperação — tímida — por lá, ajudando a Bovespa a não cair ainda mais.

O saldo do dia foi de queda de 3,46%, a maior desde 21 de janeiro (-6,6%), para 58.968,5 pontos. O índice oscilou entre a mínima de 58.742 pontos (-3,83%) e a máxima de 61.076 pontos (-0,01%). Em fevereiro, a bolsa acumula perdas de 0,88% e, no ano, de 7,7%. O volume financeiro negociado hoje foi fraco — influência da sessão menor, iniciada às 13h — e totalizou R$ 4,34 bilhões. A queda da Bovespa também teve o dedo dos papéis da Vale, que caíram apesar da alta dos metais no exterior. Vale ON cedeu 3,26% e Vale PNA recuou 3,83%.

A Bovespa despencou logo na abertura, quando caiu mais de 3% nos primeiros minutos de pregão, e voltou a acentuar a perda na última hora, com a inversão da tendência em Nova York. A correção da bolsa paulista decorreu do pior resultado registrado pelo Dow Jones em quase um ano: ontem, o principal índice da bolsa dos EUA caiu 2,93%, depois da divulgação do ISM serviços. O indicador caiu abaixo de 50, o que mostra contração econômica. Ele passou de 54,4 em dezembro para 41,9 no mês passado.

Outros dados contrabalançaram: o grupo Walt Disney anunciou lucro menor, mas superior ao previsto no primeiro trimestre fiscal, por causa do bom desempenho de seus parques temáticos, e o custo da mão-de-obra avançou 2,1% no quarto trimestre, ante estimativa de 3,8%, enquanto a produtividade subiu 1,8%, acima da previsão de elevação de 0,5%. Os dados favorecem uma ação mais ousada do banco central americano (Fed) na redução dos juros, já que a pressão inflacionária não preocuparia.

Às 18h20min, em Nova York, o Dow Jones caía 0,27%, o S&P, 0,43% e o Nasdaq, 0,7%.

Agência Estado
 
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