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 | 05/02/2008 21h34min

TCU vai investigar gastos com cartões corporativos

Até esteiras ergométricas e materiais de construção foram comprados com o benefício

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai investigar os gastos nos cartões de crédito pagos com dinheiro público, informa o site G1. As suspeitas agora recaem sobre despesas de seguranças da presidência da República. Sete mil funcionários do governo federal têm cartão corporativo. A distribuição é feita pelo ordenador de despesa de cada repartição pública. Porém, o benefício, criado para pagar pequenas despesas de emergência, vem sendo usado para todo tipo de compra.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira, a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, interior paulista, por exemplo, gastou R$ 149 mil, em três anos. Dois funcionários gastaram R$ 3,45 mil com esteiras ergométricas e R$ 14,3 mil com materiais de construção. Esses detalhes estão na página da Controladoria-Geral da União (CGU), no Portal Transparência. Há despesas com churrascaria, lavanderia e equipamentos desportivos.

O gabinete Institucional da Presidência se limita a dizer que vai pedir o bloqueio das informações no portal, por envolver a segurança do presidente e sua família, e quer verificar caso a caso o que já foi divulgado. O governo tomou medidas para limitar os saques com o cartão, mas não mudou o critério de escolha dos titulares.

Os gastos com cartão corporativo já levaram três ministros a dar explicações: Orlando Silva, do Esporte, Altemir Gregolin, da Pesca, e Matilde Ribeiro, que ocupava a Secretaria Especial da Igualdade Racial e pediu demissão depois de admitir que errou ao pagar despesas como aluguel de carros.

Ontem, reportagem do jornal paulista apontou que um segurança de Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do presidente, gastou mais de R$ 48 mil com o cartão corporativo de abril a dezembro de 2007. O cartão está em nome de João Roberto Fernandes Júnior. Neste ano, ele já gastou mais de R$ 6,3 mil. Ao todo, os gastos do segurança chegaram a R$ 55 mil. O cartão é da Secretaria de Administração da Presidência da República.

 
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