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 | 20/12/2002 14h53min

Número de portadores de deficiência supera os 24 milhões

São Paulo registra o menor índice entre todos os Estados do Brasil

No Brasil, 24,6 milhões de pessoas portam pelo menos uma deficiências física. O índice, que corresponde a 14,5% da população brasileira (169,8 milhões em 2000), foi apresentado nesta sexta, dia 20, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Tal proporção é maior nos municípios de até 100 mil habitantes. Para o conjunto das cidades de menor porte, com até 20 mil habitantes, o percentual chega a 16,3%, caindo para 13% nos grandes municípios, aqueles com mais de 500 mil habitantes.

As populações indígena e preta apresentam proporções de 17,1% e 17,5%, respectivamente, no que se refere à deficiência física. Brancos e amarelos apresentam proporções inferiores a 14%.

Entre as deficiências pesquisadas, a dificuldade permanente para enxergar, mesmo com o uso de óculos, foi relatada por 16,6 milhões de pessoas, atingindo mais as mulheres. A deficiência física (tetraplegia, paraplegia, hemiplegia permanente e falta de membro ou de parte dele) atinge mais os homens, embora o percentual seja pequeno na população (0,9%).

O número de pessoas portadoras de deficiência aumenta com a idade, passando de 4,3% nas crianças até 14 anos, para 54% do total das pessoas com idade superior a 65 anos. À medida que a estrutura da população está mais envelhecida, a proporção aumenta.

Das 66,6 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade que compõem a população ocupada no País, 9,0 milhões são portadoras de alguma das deficiências pesquisadas. O tipo de deficiência que dificulta a inserção no mercado de trabalho é a deficiência mental: somente 19,3% das pessoas que declararam apresentá-la permanentemente estão ocupadas.

As outras incapacidades permitem uma inserção maior no mercado de trabalho: incapacidade física ou motora (24,8%), dificuldade na audição (34,0%) e dificuldade para enxergar (40,8%). Para quem não apresenta nenhuma destas deficiências, a proporção de pessoas ocupadas sobe para 49,9%.

A diferença salarial entre homens e mulheres acompanha as disparidades da população em geral. Dos nove milhões de pessoas portadoras de deficiência ocupadas na semana de referência do Censo, a última de julho de 2000, cerca de 17% dos homens ganhavam mais de cinco salários mínimos, enquanto entre as mulheres, apenas 9,2% estavam nesta faixa de rendimentos. Considerado conjunto de pessoas ocupadas que declararam não possuir nenhuma das deficiências investigadas a proporção dos que ganhavam mais de cinco salários mínimos sobe para 21,4% e 14,7%, respectivamente.

Por outra parte, 25,7% dos homens e 35,7% das mulheres portadoras de deficiência ganhavam, em 2000, até um salário mínimo no trabalho. Em relação à instrução, as diferenças são marcantes, 32,9% da população sem instrução ou com menos de três anos de estudo é portadora de deficiência. As proporções de portadores de deficiência caem quando aumenta o nível de instrução, chegando a 10% de portadores entre as pessoas com mais de 11 anos de estudo.

Entre os Estados, a Paraíba é o que registra o maior número de casos de deficiência, com 18,8% da população declarando ser portadora de alguma incapacidade permanente. Na região Sul, apenas Rio Grande do Sul está acimada média, com 15,1%. São Paulo apresenta índice de 11,4%, a menor entre as Unidades Federais.


 
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