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 | 01/02/2008 03h37min

Chuva estraga carros das escolas em Florianópolis

Prefeitura retarda em 30 minutos desfile de sábado na passarela Nego Quirido

As quatro escolas de samba da Capital já apontam prejuízos por causa das fortes chuvas que têm caído na cidade nos últimos dias.

Os estragos ainda não foram calculados, mas a intensidade e o volume da água tem atrapalhado os reparos e consertos nos carros alegóricos que estão expostos a céu aberto no estacionamento do CentroSul há mais de uma semana.

Primeira escola a deixar os carros na área de concentração do Centro Sul, a Protegidos da Princesa teme ser uma das agremiações mais prejudicadas neste Carnaval por causa das chuvas. Apesar de não haver ainda um balanço oficial, as diretorias das quatro escolas já estimaram gastos extras que não estavam no orçamento.

A diretora de Carnaval da Protegidos, Patrícia Gomes, disse que os prejuízos têm sido grandes, pois todos os dias membros da escola têm sido obrigados a fazer reparos nos carros alegóricos. Ela ainda lamentou o atraso na entrega das fantasias, que deveria ter começado ontem, mas que será adiado pela dificuldade no deslocamento pela cidade.

O carnavalesco da Consulado, Rafael Soares, confessou que estava nervoso com a situação e que teme pelo Carnaval deste ano. 

— Não sei se vale a pena desfilar dessa maneira — criticou.

Na Copa Lord, o sentimento ainda é de tristeza devido ao falecimento do carnavalesco e fundador da escola, Abelardo Henrique Blumemberg, de 79 anos, conhecido como Aves Vous, que foi vítima de atropelamento em frente da passarela. A diretoria ainda está estudando qual será o tipo de homenagem prestado ao carnavalesco durante o desfile.

O presidente José Antonio Leopoldo estima que o prejuízo da escola com a chuva será grande e que alguns carros já foram reparados três vezes.

Na Coloninha, a sensação também é de angústia e de torcida por uma melhora no tempo até sábado. O presidente Adir Manoel da Cunha até cogitou um possível adiamento do desfile para que os prejuízos não sejam ainda maiores. 

— A escola perde como um todo, desde as fantasias aos carros alegóricos — reclamou.

Início do desfile foi atrasado em 30 minutos

A Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf) e prefeitura definiram nesta quinta-feira que o desfile será retardado em 30 minutos, passando para as 22h30min de sábado.

O presidente da Liesf, Carlos Bittencourt, culpa o impasse causado pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) pela situação de exposição dos carros alegóricos. Segundo ele, há um ano e meio existe um projeto aprovado pelo governo estadual para a construção da Cidade do Samba, no aterro da Via Expressa Sul no Saco dos Limões. A obra está estimada em R$ 2, 5 milhões.

Segundo o presidente do Ipuf, Ildo Rosa, a área pretendida pela Liesf para a construção dos galpões é considerada a região mais nobre da cidade e existem muitos interessados naquele espaço. A área não pertence à Prefeitura. 

— Existe uma indefinição sobre aquele lugar. Não sabemos se ele é da União ou do Estado. Já fui a diversos setores e ninguém soube informar a situação daquela área.

Sobre a utilização do espaço pela Liesf, Rosa explicou que qualquer projeto tem que ser levado para a Câmara dos Vereadores para alteração do Plano Diretor, já que a área de 500 mil metros quadrados não está zoneada.

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