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 | 30/01/2008 19h53min

MG diz não aceitar rejeição da UE à lista brasileira

Conseqüências da suspensão das exportações deverão ser sentidas pelo consumidor europeu, que deve pagar mais caro pelo produto

Em entrevista concedida nesta quarta-feira no Palácio da Liberdade, o secretário de Estado da Agricultura de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, reforçou a idéia de que o Brasil não pode aceitar a decisão da União Européia (UE) de suspender as importações de carnes brasileiras. A lista apresentada pelo governo brasileiro reconheceu 2,8 mil propriedades aptas a exportar para o bloco.

Conforme Rodrigues, a UE não deu atenção à qualidade do trabalho que o Brasil fez para apresentar a listagem e "está prejulgando".

— Nós não aceitamos que depois de listar 2.815 propriedades aptas a exportar, dentro das regras, apenas uma pequena parcela, de 300, seja aceita. Não aceitamos a rejeição à nossa lista — destacou.

Ele aponta que o bloco não pode fazer seleção sanitária por quantidade.

— O critério é muito político — disse.

Rodrigues avaliou que as conseqüências da suspensão das exportações da carne brasileira deverão ser sentidas pelo próprio consumidor europeu, que vai pagar mais caro a partir de agora.

Por outro lado, defendeu que os produtores brasileiros busquem outros mercados, principalmente na Ásia e Oriente Médio, para absorver o volume que deixará de ser vendido ao bloco.

Apesar da decisão dos europeus, o secretário de Agricultura de Minas, que também preside a Comissão Nacional de Comércio Exterior da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Câmara Técnica de Negociações Internacionais do Ministério da Agricultura, afirma que ainda não é o melhor momento para o Brasil recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC).

— As regras de comércio não podem ser mudadas sem fundamentação técnica, mas ainda estamos defendendo a nossa posição. O momento ainda é de negociar — declarou.

A lista das propriedades exportadoras foi definida depois que, em dezembro do ano passado, a UE determinou que, a partir de 1º de fevereiro de 2008, só iria comprar carne das propriedades ERAs (Estabelecimento Rural Aprovado no Sisbov) que passassem por uma auditoria dos órgãos estaduais de defesa sanitária.

Uma nova visita de técnicos da UE ao Brasil está prevista para o dia 25 de fevereiro.

Agência Estado
 
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