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 | 30/01/2008 15h32min

Bancos europeus perdem mais US$ 36 bi com a crise americana

Instituições tiveram encargos ligados ao mercado de hipotecas dos EUA e de crédito

Os bancos europeus somam baixas contábeis de mais de US$ 36 bilhões em encargos e perdas ligadas ao mercado de hipotecas de segunda linha (subprime) dos Estados Unidos e de crédito, conforme anúncios realizados até esta quarta-feira. O suíço UBS anunciou hoje que teve baixa de US$ 14 bilhões em 2007. Em dezembro do ano passado, a instituição havia dito que ainda possuía cerca de US$ 29 bilhões em ativos subprime, mas não atualizou o dado em janeiro.

O HSBC, do Reino Unido, disse em 14 de novembro que teve US$ 3,4 bilhões em prejuízo com encargos sobre dívida futura "ruim" em sua unidade financeira no terceiro trimestre. Em 26 de novembro, o banco moveu US$ 45 bilhões em ativos para seu balanço depois que foi forçado a abrir mão de dois veículos de investimento estruturado (SIVs). O francês Credit Agricole anunciou em 20 de dezembro que teria US$ 3,7 bilhões em baixas contábeis antes de impostos em seus ganhos de 2007 com suas obrigações de dívida com garantias (CDOs) e com o reforço das provisões contra a exposição do grupo a seguradoras de bônus especializadas.

O Deutsche Bank, da Alemanha, afirmou em 31 de outubro que teria baixas contábeis de cerca de US$ 3,25 bilhões relacionadas à exposição ao mercado subprime, principalmente em CDOs e ativos residenciais lastreados em hipotecas. Na época, o banco disse que não esperava nenhuma baixa contábil no quarto trimestre de 2007. O francês Société Générale anunciou em 24 de janeiro uma baixa contábil de US$ 3,03 bilhões relacionada à exposição ao setor subprime americano. Além disso, a instituição registrou baixa de 4,9 bilhões de euros em razão de uma fraude de um operador.

O inglês Barclays divulgou em 15 de novembro baixas contábeis de US$ 2,55 bilhões na unidade Barclays Capital. O Grupo Royal Bank of Scotland registrou, em 6 de dezembro, uma baixa contábil total líquida de US$ 2,45 bilhões com sua exposição e a do ABN Amro aos ativos subprime. A instituição teve vários bilhões de dólares em exposição a CDOs de alto grau, de médio grau e a hipotecas subprime. O banco baixou suas posições entre 10% e 54%.

O Credit Suisse anunciou em 1º de novembro uma baixa contábil de US$ 2 bilhões, dividida entre empréstimos alavancados que não conseguiu vender a investidores depois que a demanda diminuiu, hipotecas residenciais e comerciais e CDOs. O belga-holandês Fortis disse no último dia 28 que a explosão da crise subprime pode ter um impacto de mais de US$ 1,48 bilhão, no mínimo.

Vários outros bancos europeus, incluindo Lloyds TSB, HBOS PLC e Alliance & Leicester do Reino Unido, BNP Paribas da França e Commerzbank da Alemanha anunciaram baixas contábeis menores que US$ 1 bilhão.

Agência Estado
 
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