O petróleo subiu levemente, para a máxima em duas semanas, com os operadores se posicionando para um esperado corte de meio ponto percentual no juro americano pelo banco central do país (Fed) amanhã, o que é visto como positivo para a demanda por energia. Os preços se mantiveram dentro de uma faixa estreita durante toda a sessão, oscilando entre positivo e negativo. Os operadores também centrarão foco em dados-chave sobre os estoques de petróleo dos Estados Unidos, que serão divulgados amanhã, e na reunião que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) realiza na sexta-feira em Viena.

O Fed iniciou hoje sua reunião de dois dias, na qual a maior parte dos analistas acredita que a autoridade monetária decidirá por um corte de meio ponto. Nas últimas semanas, os operadores de petróleo têm acompanhado os dados econômicos e os mercados de ações globais em busca de sinais sobre a saúde da economia dos EUA, que é a maior consumidora de energia do mundo.

Os temores de que os EUA possam entrar em recessão fizeram o petróleo cair mais de 8% após atingir o preço recorde de US$ 100,09 o barril durante o pregão de 3 de janeiro, mas a ação do Fed e o pacote de estímulo apresentado na semana passada pelo governo George W. Bush e os líderes da Câmara de Deputados dos EUA fizeram os preços saírem da mínima em três meses em fechamento, US$ 86,99 o barril, em 22 de janeiro. A confiança em que a Opep deixará a produção de petróleo inalterada em sua reunião também deu sustentação aos preços. Os ministros do grupo disseram que este deve manter suas quotas formais de produção estáveis, apesar dos pedidos de mais petróleo feitos pelos governos de EUA e da Europa.

As reuniões do Fed e da Opep significam que o mercado poderá dar atenção menor do que a costumeira aos dados semanais de estoques que o Departamento de Energia dos EUA divulgará às 13h30min (de Brasília) de amanhã. A previsão média para a variação nos estoques de petróleo bruto é um crescimento de 2,3 milhões de barris. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato de WTI para março subiu US$ 0,65, ou 0,71%, para US$ 91,64, o quarto ganho seguido e o mais alto fechamento para o contrato futuro de primeiro vencimento desde 15 de janeiro. No mercado eletrônico da Bolsa Intercontinental (ICE), de Londres, o contrato do Brent para março subiu US$ 0,62, ou 0,68%, para US$ 92.