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 | 28/01/2008 11h36min

Bovespa acompanha clima do Exterior e cai 1,8%

Bolsa de São Paulo está se ajustando aos fechamentos de sexta-feira, quando não operou

A gangorra deve prosseguir na Bolsa de Valores de São Paulo nesta segunda-feira. Após o ganho de 5,95% de quinta-feira passada, o índice Bovespa abriu o pregão de hoje em baixa e perdia 1,81% a 56.424 pontos, às 11h07min. O mercado está se ajustando aos fechamentos em baixa de Wall Street e na Europa na sexta-feira, quando a Bolsa não funcionou por aqui (feriado em São Paulo), e ao sinal de perdas que se repetiu na manhã desta segunda-feira na Ásia e continua nos mercados acionários da Europa e nos futuros de Nova York.

As ações da Vale negociadas na Latibex, o mercado de ações latino-americanas em Madri, estavam em baixa de 1,81%. A companhia voltou a ocupar destaque no noticiário do fim de semana, em razão do seu interesse pela mineradora anglo-suíça Xstrata.

Segundo o jornal "The Observer", a Vale estaria alinhavando uma oferta que poderia chegar a US$ 80 bilhões pela Xstrata. Metade desse valor seria pago em dinheiro e a empresa completaria a cifra com um lançamento de ações preferenciais para a Glencore, que detém uma participação de 35% na Xstrata, e, que por sua vez, assumiria uma participação na Vale. O jornal informa ainda, sem citar nomes, que o negócio seria anunciado esta semana, mas fontes alertaram que a instabilidade do mercado de crédito estaria dificultando a obtenção do financiamento necessário pela companhia brasileira.

Em Madri, os papéis da Petrobras perdiam 8,26%, por volta das 10h40min. Ontem, uma agência internacional de notícia informou que o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, teria admitido a possibilidade de a empresa atrasar alguns de seus projetos, caso a economia dos EUA entre em recessão prolongada.

O balanço do Bradesco, divulgado hoje pela manhã, voltou a mostrar o desempenho robusto dos bancos brasileiros. O Bradesco encerrou 2007 com um lucro recorde ante outros bancos. O lucro líquido no ano foi de R$ 8,01 bilhões, 58,5% maior no comparativo com o ano anterior. O montante representou um ganho de R$ 3,97 por ação e uma rentabilidade de 31,4% sobre o patrimônio líquido médio. Somente no quarto trimestre de 2007, a instituição lucrou R$ 2,193 bilhões.

Agência Estado
 
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