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Dona do jornal Clarín é presa sob acusação de adoção ilegítima

Ernestina Noble teria ocultado as verdadeiras identidades de seus filhos adotivos

Uma das mulheres mais ricas e poderosas da Argentina, Ernestina Herrera de Noble, 77 anos, dona do jornal Clarín, foi presa na noite de terça, dia 17, por ordem do juiz federal de San Isidro Roberto Marquevich, sob acusação de adoção ilegítima de seus dois filhos, Felipe e Marcela. Marquevich suspeita que as crianças sejam filhos de desaparecidos políticos durante a última ditadura militar (1976-83).

A ordem de prisão foi expedida depois de uma denúncia feita pela Associação das Avós da Praça de Maio, afirmaram nesta quarta, dia 18, fontes judiciais. A investigação sobre as crianças de Ernestina foi iniciada a pedido das Avós, em 1995. A dona do Clarín teria ocultado as verdadeiras identidades dos filhos adotivos, além de adulterar documentos.

A empresa Arte Gráfico Editorial Argentino (Agea), editora do jornal, criticou o juiz e afirmou que Ernestina "prestou sempre ativa colaboração" à Justiça. A líder das Avós, Estela de Carlotto, declarou que o caso Ernestina "é uma situação delicada".

Ernestina – que assumiu o controle do Clarín quando seu marido morreu, em 1969 – adotou duas crianças logo após o golpe militar de 1976. A primeira criança, do sexo feminino, foi adotada em maio daquele ano. Segundo a dona do Clarín, o bebê registrado posteriormente como Marcela, foi encontrada em uma caixa colocada diante da porta de sua casa. Em julho de 1976, a empresária pediu a adoção de um menino, Felipe, filho de uma mulher que teria lhe dado a criança.


 
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