O dólar à vista abriu os negócios de hoje em baixa de 0,40%, negociado a R$ 1,745 no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Depois de números norte-americanos contraditórios divulgados ontem e da informação saída da Casa Branca de que o presidente George W. Bush estuda um pacote de estímulo econômico, o ambiente de pessimismo com que 2008 começou no Exterior foi trocado pela cautela vista no início da manhã de hoje.

Esse clima internacional ameno somado às perspectivas de fluxo positivo de recursos, que ditam o comportamento do câmbio no começo deste ano, abrem espaço para que o dólar inicie o terceiro pregão do ano com tendência de queda. Porém, a baixa dever ser limitada, até porque o recuo acumulado no dólar à vista nos dois últimos pregões é significativo, de 1,3% considerando a cotação no mercado interbancário, e adiciona cautela aos negócios.

Esse tom deve permanecer pelo menos até as 11h30min, quando o Departamento do Trabalho dos EUA divulga o relatório do mercado de trabalho norte-americano que dirá se as perspectivas dos economistas, de que 50 mil postos de trabalho foram criados em dezembro nos EUA, estão corretas. Para a taxa de desemprego, a estimativa é uma taxa de 4,8% e de alta de 0,3%. O número médio de horas trabalhadas deve ter sido de 33,8, segundo as projeções.

Por aqui, o único indicador da agenda macroeconômica nacional de hoje, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) de 2007, já foi divulgado. O indicador ficou em 4,38%, dentro das estimativas e não deve ter impactos nos negócios.