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 | 03/01/2008 20h00min

Febraban: aumento da CSLL dificilmente será repassado

Presidente da entidade entende que concorrência é muito acirrada

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fabio Barbosa, afirmou nesta quinta-feira, em nota, que dificilmente os bancos repassarão o aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) para o custo dos empréstimos ou para tarifas. Isso porque a concorrência no setor é muito acirrada, tanto que provocou a queda dos spreads médios ao longo de 2007, observa a instituição. Spread bancário é a diferença entre os juros cobrados num empréstimo e o custo de captação dos recursos pelo banco.

Barbosa manifestou surpresa com o aumento da alíquota da CSLL exclusivamente para o setor bancário, sob a alegação de que os bancos são um segmento que apresenta maior lucratividade que os demais:

— É o caminho politicamente mais fácil, mas não é o caminho tecnicamente mais correto. Temos de olhar não o caminho politicamente mais fácil, e sim o que produz mais resultados.

A Febraban destaca que a elevação da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) terá impacto direto no custo final dos empréstimos e financiamentos de pessoas e empresas, porque o tributo "é devido pelos tomadores de crédito; os bancos apenas o recolhem e entregam diretamente aos cofres públicos". Essa é a principal conseqüência das medidas anunciadas pelo governo como compensação pelo fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), avalia Barbosa:

— Onerar o crédito acaba onerando os tomadores de empréstimos, que constituem uma base enorme de pessoas que estão tendo acesso ao consumo e ao investimento.

Entretanto, para a Febraban, o encarecimento do custo do dinheiro terá um efeito menor sobre a expansão do crédito.

— O fator principal é a situação do sistema financeiro internacional, o efeito da crise do "subprime" (crise nos financiamentos de alto risco nos Estados Unidos) na economia mundial e seu conseqüente impacto na economia brasileira — salientou Barbosa, na nota, frisando que ainda é cedo para se avaliar o impacto das medidas, que só poderão ser corretamente dimensionadas pelas comissões técnicas da Febraban quando forem publicadas.

Agência Estado
 
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