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 | 31/12/2007 13h10min

China sobe impostos de exportação de cereais para tentar frear crise

Medida pode beneficiar países tradicionalmente exportadores de soja, como Brasil

O Ministério das Finanças chinês anunciou no domingo, dia 30, um aumento dos impostos à exportação de trigo, milho, arroz e soja, diante do déficit de cereal registrado no país e da forte alta dos preços destes alimentos. O trigo terá uma taxa de 20% e seus derivados, de 25%, enquanto para milho, arroz e soja o imposto vai equivaler a 5%, ou 10% se forem produtos derivados.

A medida anunciada poderia beneficiar países tradicionalmente exportadores de soja à China, como Brasil e Argentina, em um momento no qual os preços desse alimento básico chegaram a aumentar até 75% nos mercados internacionais. No dia 18, Pequim já tinha anunciado o fim dos benefícios fiscais à exportação de 84 produtos agrícolas, entre eles trigo, milho, arroz, aveia, soja e farinhas derivadas.

Com as medidas, que representam uma mudança radical na política de comércio agrícola da China, Pequim tenta isolar o país do forte aumento internacional dos preços destes alimentos, causado, entre outros fatores, pelo desenvolvimento dos biocombustíveis. Os preços dos cereais subiram 6,6% em novembro na China, país no qual a colheita foi melhor que em outros anos, mas ainda insuficiente para alimentar toda a população — 500 milhões de toneladas para uma demanda estimada em 527 milhões.

O fim dos benefícios fiscais e o aumento das taxas ocorrem após o governo chinês anunciar uma inflação de 6,9% em novembro, a mais alta em 11 anos, gerada principalmente pelo aumento dos preços dos alimentos (18,2%).

AGÊNCIA EFE
 
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